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Muitas interrogações

A cobertura da grande imprensa com relação aos escândalos que abalam a república neste período eleitoral é repleta de senões. Nem vale mais falar da Veja, porque a maior revista semanal do país passou dos limites no quesito parcialidade. Curioso como em nenhum momento apareceu no noticiário, a relação intrigante de Abel Pereira com o sucessor de Serra no Ministério da Saúde durante o governo FHC, Barjas Negri. Da mesma forma como não houve qualquer referência ao fato de que 70% das ambulâncias da Planam dos Vedoin foram adquiridas pelo governo passado, no período Serra/Barjas no Ministério da Saúde. Por que será que os jornalões e a Globo continuam omitindo fatos relevantes como esses?

A revista Carta Capital, que não esconde a sua opção pro-Lula, levantou que a Globo fez reportagem sobre Abel Pereira, o homem que intermediou boa parte da liberação das emendas orçamentárias que culminaram na compra das ambulâncias. Mas a reportagem não foi ao ar até o presente momento.Talvez porque o escândalo da compra do dossiê não tenha deixado espaço para mais nada no Jornal Nacional. Nem mesmo para tratar do conteúdo do tal dossiê.

Incompreensível também, o esforço que a mídia faz para cristalizar a barreira cronológica montada pelo tucanato, para evitar que as investigações contra a máfia dos sanguessugas e contra os mensaleiros, retroajam ao período FHC, o intelectual que orgulhava a elite brasileira, embora envergonhasse seu professor, o honrado sociólogo Florestan Fernandes. Florestan , que me orgulho de ter entrevistado para a revista Pois é, quando ele esteve em Maringá, morreu amargurado com os rumos que o ex-aluno dera ao país em 8 anos de um governo predatório (vide, por exemplo, o caso da doação que ele fez da Vale do Rio Doce ao grupo Vicunha., do Benjamin Staimbruck).

Em resposta ao diretor de jornalismo da TV Globo, que publicou carta detonando a revista Carta Capital, Mino Carta chama Ali Kamel , de Tartufo. Tartufo, personagem de uma peça famosa de Molière , encarnava uma espécie de síntese da hipocrisia. Diz o respeitadíssimo Mino Carta (por ironia ,criador de Veja):'"Nào é lícito condenar a Globo, bem como outros órgãos e empresas da mídia, por suas preferências políticas. Insuportável é a tentativa de esconder a parcialidade por trás de uma neutralidade que os comportamentos traem a cada passo".

Quem acompanha o noticiário não apenas pelo Jornal Nacional , pelos jornalões Folha de São Paulo, Estadão e o Globo, mas se dá ao trabalho de ler também veículos como Tribuna da Imprensa, Observatório da Imprensa e Carta Capital, haverá de estar inconformado com o circo armado em torno das eleições presidenciais, um circo que visa produzir fumaça de gelo seco para encobrir o "linxamento" moral e ético do governo Lula.

Antes que alguém aí pense bobagem, é bom que fique claro que ninguém de bom senso acha normal os crimes e trapalhadas dos "aloprados"do PT. Entretanto, não dá pra engolir seco o festival de hipocrisia que os Tartufos do PSDB, PFL e quejando, estão a promover, com total apoio da grande mídia.

Me desculpem, mas me dá náusea ver certas figurinhas carimbadas da política nacional arrotando ética na tv, no rádio e nos jornais e revistas. Agride a consciência nacional , figuras como ACM, Agripino Maia, Bornhausen e outras tantas, pousando de vestais da moralidade em horário nobre.

Comentários

Anônimo disse…
Messias,

Li a carta Capital hoje. Como vc diz dá asco ver figuras que foram arrastadas pela corrupção arrotar ética.

Vc já viu a charge do Maringoni da Carta Maior? Excelente!
Anônimo disse…
É Messias! O povo já está farto com este lixamento moral e desrespeito com a figura do nosso Presidente LULA! Mas se vale o ditado "a voz do Povo é a voz de DEUS", nas urnas se consolidarão a vontade dEle!

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