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Desde 95

Já em 1995, no auge do escândalo dos anões do orçamento, publiquei um artigo no O Diário, criticando a funçao despachante do deputado federal e a imoralidade que significava as tais de emendas parlamentares. Escrevi baseado em entrevista que eu havia feito um ano antes com o então senador Mário Covas, em Apucarana. Abri o artigo, que depois reproduzi no meu livro SOCIOLOGIA DE BOTEQUIM, dizendo: "o senador Mário Covas é de Santos, base eleitoral que o levou a conquistar alguns mandatos eletivos. Quer como deputado , quer como senador, nunca levou um centavo de emendas parlamentares para o seu município. E se orgulha muito disso. Covas está convicto de que as tais emendas, que estimulam o surgimento de deputados despachantes, são uma espécie de porta aberta pra a corrupção de parlamentares".

Do escândalo dos anões para cá, quanta bandalheira não ocorreu em Brasília, por conta desse mecanismo de repasse de dinheiro pelos deputado, diretamente aos prefeitos? Foram muitos. Em 2002 com a eleição de Lula, achei que tal expediente estaria com os dias contados. Ledo engano.
Mas diante de uma nova onda de denúncias geradas por esta matriz, quem sabe acaberemos testemunhando uma mudança de comportamento , não dos deputados despachantes, que já estão com a boca torta pelo uso excessivo do cachimbo, mas por iniciativa dos grande número de deputados e senadores que ainda lutam pela preservação do parlamento, enquanto instituição. Temos que acreditar nisso, senão será o fim. A democracia não sobrevive com um Congresso desmoralizado.

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