Pular para o conteúdo principal

Para além da pirotecnia

A Câmara Municipal de Maringá fica numa situação delicada diante das denúncias de superfaturamento na Prefeitura, feitas com estardalhaço pelo próprio prefeito. Alguns vereadores acham que o Legislativo não precisa entrar nessa discussão, porque o assunto já está na esfera do Ministério Público. Mas e daí, aonde fica o papel fisclizador do Lsgislativo, que tem sim, o dever de abrir uma CPI? Talvez seja porque a Câmara não investigou a si própria quando surgiu o escânadalo dos leptops. Ou seria porque CPI é como briga de faca: sabe-se como começa mas ninguém imagina como pode terminar? E neste caso específico, uma comissão parlamentar de inquérito, agindo sob pressão da sociedade poderia produzir provas indesejáveis, não apenas contra servidores (alvos preferenciais desse momento de pirotecnia) mas também contra gestores. O papo de "cerca-Lourenço" do líder da maioria Mário Hossokawa e do Fogueteiro (tudo a ver com show pirotécnico), é uma afronta à inteligência dos maringaenses. "Não temos o que fazer agora", diz Mário "Manda Brasa" . "Confio na Secretaria de controple Interno e na Promotoria", repica Odair Fogueteiro. Todos nós confiamos no Ministério Público e queremos confiar também na SCI, mas que dêem motivo para que possamos confiar também na Câmara. Este poder não pode fugir à responsabilidade que lhe cabe diante de fatos tão graves. Fiquemos, então, com a fala do vereador Humberto Henrique:"Precisamos ter informações em mãos para avaliar em que condições ocorreu o superfaturamento. Só assim poderemos apurar as responsabilidades. E não é porque o prefeito denunciou que ele não tem responsabilidade".
Pois é, que os vereadores corram atrás das informações que devem estar nas mãos do próprio prefeito . E mais : que os vereadores procurem ir fundo, verificar exatamente as circunstâncias em que se deram os superfaturamentos. E só por meio de uma CPI será possível abrir o leque das irregularidades, com possibilidade inclusive de questionamentos não apenas das licitações destacadas, mas do processo licitatório da Prefeitura como um todo. Seria o caso de se questionar , por exemplo, licitações e falta delas...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema