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Urna eletrônica

"As urnas eletrônicas em uso no Brasil permitem pequenas e grandes fraudes.
A afirmativa foi feita pelo engenheiro Amilcar Brunazo Filho, representante do PDT no Tribunal Superior Eleitoral, ao participar, recentemente, da audiência pública da Subcomissão do Voto Eletrônico da Câmara Federal.

Segundo Brunazo, enquanto o voto não for impresso, não haverá recontagem e as eleições brasileiras serão inseguras.

O engenheiro, que coordena desde 1998 o Fórum do Voto Eletrônico (www.votoseguro.org) - página na Internet que discute a segurança do voto eletrônico - já foram identificados até agora 120 pontos passíveis de ataques: da elaboração do programa à totalização.

Segundo ele, bastam três pessoas desonestas para fraudar uma eleição: alguém interessado em mudar o resultado, um técnico da Justiça Eleitoral disposto a facilitar o crime; pelo menos um fiscal partidário omisso ou incompetente.

Mas o pior, avaliou, é que quase impossível ter prova da fraude ou do resultado produzido pela urna eletrônica devido a falta de comprovante de votação.
-- Ao contrário dos sigilos telefônico e bancário, que ficam armazenados para posterior consulta em caso de necessidade, o voto é secreto e inviolável, daí a dificuldade para se conferir resultados sem a
materialização (impressão) do voto, disse ele".

Esta matéria saiu hoje na coluna da Roseli Abrão, no jornal (online) Hora H News. Aí me lembrei das eleições de governador de 1998, quando Reuião perdeu para Lerner e disse ter sido vítima de fraude em entrevistas e discurso no Senado. Requião achou estranho que 20 urnas de Curitiba apresentassem resultados rigorosamente iguais, o que é absolutamente impossível. Isso levou o então senador a apresentar uma proposta para que as urnas emitam comprovante do voto de cada eleitor - uma para quem vota e outra como prova concreta da lisura do processo. O projeto não vingou.
Não é uma insinuação, mas uma desconfiança que ainda tenho o direito de ter com relação às eleições de 2004.

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Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema