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Assim também não, Fábio!

É inquestionável a qualidade técnica e a astúcia do jornalista Fábio Campana, para mim, um intelectual. Mas ao relacionar o apoio do governo Requião à queda nas pesquisas do bispo licenciado Fernando Lugo, o "Zapata" pisou feio no tomate. Lugo liderava as intenções de voto e era tido até dia desses como provável sucessor de Nicanor Duarte, no Paraguai. Mas caiu nas pesquisas, realmente. E caiu por que? Porque o general Lino Oviedo, absolvido em outubro pela Corte Suprema de Justiça entrou na cena política paraguaia para dividir as oposições e inviabilzar a vitória do bispo, única alternativa verdadeira que o povo paraguaio tem para acabar com 60 anos de mando do Partido Colorado.Claro que o Campana sabe disso, mas pra bater no adversário político (ele já foi aliado de Requião), desinformou seus leitores, inclusive eu.
Isso até poderia não ter relevância, caso a mídia brasileira tivesse dando às eleições paraguaias a cobertura que deveria dar. Como as informações sobre a campanha no vizinho país são escassas, inclusive nos próprios jornais paraguaios, desinformar deliberadamente, torna-se um desvio ético inaceitável. Ainda mais vindo a distorção dos fatos de um profissional do calibre do Fábio Campana.
Em tempo: O José Gil de Almeida, de quem tive o privilégio de ser amigo nos tempos de política universitária em Maringá foi, ao lado do Jairo Carvalho, um dos fundadores do PT local. Homem de esquerda, tornou-se amigo, vejam só, do general Kadafi. Gil vive atualmente em Curitiba e por uma dessas ironias do destino, é próximo (parece-me que tem uma forte relação de amizade com ele) do general Oviedo, preso até outubro e condenado há 10 anos por tentativa de golpe de estado. Gil, que a meu juízo, estaria torcendo pelo bispo Lugo, acreditem, faz figa pela vitória de Oviedo. Coisas da contradição humana.

Comentários

Anônimo disse…
É questionável a qualidade técnica de Campana. Assim como a sua astúcia. O segredo dele é saber puxar o saco dos donos do poder (nome de um livro de Raymundo Faoro). De Richa a Requião (sem contar uma campanha que fez no Paraguai que rendeu 2 milhões de dolares). Com a bufunfa, e transitando nos corredores do poder, servindo a todos eles (não de graça, não de graça), ele ficou com esta fama de astucioso.
Quanto ao Gil, ele não apenas se tornou um divulgador e não amigo de Gadafi, como depois que a grana deste secou, passou a fazer o mesmo com Oviedo e em seguida de Chavez. Aliás, não esquecer que também defendeu e defende Requião.
O que este pessoal faz não é de graça, moço. E usar o adjetivo intelectual para Campana é avacalhar de uma vez com esta expressão.

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