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Quem vai colocar o guizo no pescoço do gato?

"Não pensem que em Maringá a administração só sabe dar mau exemplo e enrola ou não cumpre decisão judicial. Aqui o pessoal é mais ousado. Depois de cancelar de última hora a audiência que deveria debater alterações no Plano Diretor de Maringá, os irmãos Barros enviaram para a câmara municipal um projeto de lei para ser votado em regime de urgência especial ampliando o perímetro urbano da cidade - ou seja, alterando o Plano Diretor.O presidente da Câmara recebeu uma representação alertando sobre a irregularidade do projeto de lei, já que, conforme determina o PD, qualquer alteração no seu conteúdo precisa, obrigatoriamente, ser antecedida por uma conferência pública.
A professora Ana Lúcia Rodrigues registra que apenas três vereadores votaram contra o projeto em questão e que, desse modo, a prefeitura e a maioria dos vereadores estão agindo como se a cidade não tivesse leis. A sociedade precisa saber por que o prefeito quer alterar o Plano Diretor antes de cumprir sua obrigação, regulamentando vários dos seus instrumentos e legislações complementares".
.Do blog do Rigon

MEU COMENTÁRIO: então foi bem pior do que se imaginava até o cancelamento da audiência pública. Não é possível que as coisas aconteçam como estão acontecendo, sem que a sociedade organizada tome uma posição. Estão comprometendo o futuro da cidade, enfiando goela abaixo do povo uma política desastrosa de ocupação do solo urbano.
Neste aspecto, reconheça-se, a administração passada tem culpa no cartório. Tem porque discutiu exaustivamente o Plano Diretor, fez várias assembléias, mas na hora de colocar tudo no papel, não conseguiu fechar o plano com os instrumenros que o próprio Estatuto da Cidade exigia, como por exemplo: a outorga onerosa, a edificação compulsória e o plano de ações de investimentos. O Plano ficou aberto, vulnerável a mutilações.
E aí vem a pergunta que não quer calar: para que serve a Câmara de Vereadores? A Câmara poderia ter feito o dever de casa e corrigido rumos. Ao invés disso, carimbou e continua a carimbar a desfiguração do projeto nascido da consulta popular.
É hora, portanto, do PT, que comandou aquele processo democrático de discussão do futuro da cidade, mostrar a cara , enquanto partido de oposição. Mais do que isso: ir para o enfrentamento, provar que o que falaram dele nas eleições não correspondia a verdade.
A coisa é séria, muito séria. O PT encontrou no guizo a solução para evitar que o gato selvagem continuasse a fazer estrago no galinheiro. Só que saiu sem conseguir amarrar o guizo no pescoço do felino. Mas nunca é tarde para tentar.

Comentários

Anônimo disse…
não é o ex-prefeito joão ivo caleffi que tem que colocar o guizo? onde ele anda?
Messias Mendes disse…
Pensando bem, ele também precisa se somar ao partido que o fez vice-prefeito e pelo qual também virou prefeito, para procurar o gato e tentar colocar o guizo no bichano. Mas me referi especificamente ao PT, porque um partido tem, pelo menos teoricamente, mais força e mais poder de arregimentação do que uma pessoa isoladamente. Afinal, quando SBII bate na administração passada a referência é direta ao "Governo do PT" e não ao João Ivo.
Ou seria desconfortávlel para o companheiro aí o seu partido se colocar na oposição?

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Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema