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Dois pesos, duas medidas

Acabei de ouvir a longa entrevista do presidente do Observatório Social de Maringá, Ariovaldo Costa Paulo, na CBN. Fez críticas duras aos critérios de contratação dos cargos comissionados da Câmara. Ele acha (e eu também) que o Legislativo precisa provar para a sociedade a competência técnica dos contratados. O papo com o apresentador Gilson Aguiar foi longe...Ariovaldo encheu a boca várias vezes pra falar de ética. Mas não falou e nem lhe foi perguntado sobre o "trem da alegria" no Poder Executivo, uma imoralidade que está sem dúvida, custando muito aos cofres municipais. O máximo que o empresário se permitiu foi falar de três licitações canceladas este ano, por indícios de superfaturamento. Mas a figura do gestor público é intocável, pra SBII só elogios, como se responsabilidade nenhuma lhe coubesse.
Nada se falou sobre os vários processos de improbidade que tramitam no fórum local, caso por exemplo , do escandaloso caso de redução das dívidas de uma cooperativa médica; do superfaturamento da ciclovia da Mandacaru; do superfaturamento na compra de papel higiênico para escolas e creches; do caso Transresíduo , da fraude do PAC Santa Felicidade.
Claro que as cobranças contra a Câmara são procedentes e devem ser feitas com insistência. Mas não existe ética pela metade. E se os critérios de nomeação de CCs na Câmara devem ser duramente questionados, por ferir a ética e a moralidade, os da Prefeitura também devem merecer uma atenção especial do Observatório. "Temos que acabar com o balcão de negócios, com a nomeação de cabos eleitorais, porque isso é compra de votos", disse Costa Paulo, referindo-se ao "trenzinho da alegria" da nossa Casa de Leis. Mas e o outro, que circula pelo paço municipal, com um ensurdecedor "piuí,piuí"?

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Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema