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O problema é o caldo de cultura

Os 9 vereadorss do Amém F.C. que votaram pelo corte merreca de CCs fizeram ouvidos de mercadores na sessão de hoje a tarde, realizada com casa cheia. O público que lotou as galerias aplaudiu os cinco que defenderam o substitutivo de reforma mais profunda e vaiaram os que seguiram à risca o que o saudoso Carlos Alberto de Paula chamava de "esquema cateretê".
Sobre os CCs, aliás, temos que fazer justiça à minoria que realmente trabalha e supre a defasagem do quadro de efetivos. Mas o "Substitutivo Haine" mantém dezenas de assessores que não assessoram. Vejam só: tem assessor para assuntos institucionais, assessor de gabenete da chefia de gabinete do presidente, assessor especial para assuntos de mídia, assessor para assuntos comunitários, assessor de gabinete do diretor de apoio interdisciplinar. Enfim temos no legislativo maringaense , assessores de fazer inveja ao Derico, o assessor para assuntos aleatórios do Jô Soares.
Ora, para a atual legislatura merecer um mínimo de respeito por parte da sociedade tinha que fazer uma reforma com base em critérios técnicos e não de compadrio. Do jeito que a coisa ficou, o desgaste da Câmara só tende a aumentar.
Em tempo: destaco aqui o posicionamento dos vereadores Humberto Henrique, Mário Verri, Marli Martin, Flávio Vicente e Dr. Manoel Sobrinho, para os quais foram direcionados os aplausos da sessão de hoje.
O líder do prefeito Haine Macieira tentou justificar seu voto contrário ao corte de mais de 60 aspones e parou diante do início de uma ensurdecedora vaia. Depois, deitou falação diante de microfones e cêmeras, chamando de irresponsável o substitutivo dos 5 vereadores considerados independentes (neste caso , pelo menos). Um eleitor, que irritado chegava a espumar pelo canto da boca, chegou a dizer em voz alta:"Esse cara perdeu uma baita chance de ficar calado". De outro eleitor desiludido, falando do vereador Luiz do Postinho:"Vim aqui hoje pra me certificar de que eu realmente votei mal. Saio convencido de que joguei meu voto fora".

Vamos refletir melhor sobre o que está acontecendo com a Câmara Municipal de Maringá. O problema é bem pior do que a obediência cega aos interesses de alguns edis e principalmente do chefe do clã. Há um caldo de cultura nefasto, que não será erradicado com uma reforma decente da estrutura desse poder. Há uma deformação na concepção de poder que a maioria dos vereadores têm. Aconteça o que acontecer, eles vão continuar pensando e agindo da mesma maneira, sempre em descompasso com a ética. É bom que a sociedade organizada , por meio inclusive de ongs tipo Observatório Social, iniciem desde já um trabalho de conscientização do eleitorado, que na maior boa fé acaba sempre votando nos candidatos errados, como bem confessou um eleitor do Luiz do Postinho. Não há remédio para o vírus que infectou o Amém F.C. O jeito é iniciar uma pesquisa séria para isolar este vírus e a partir daí, fabricar o medicamento correto para acabar com tal patologia. Ainda temos tempo, 2012 está um pouco distante.

Comentários

Anônimo disse…
Messias, poderia nos ajudasr aqui no bairro Novo Horizonte? Novamente voltou o cheiro fétido do Frigorífico Palmali. Agora, é durante à noite que espalha o mau cheiro. Niguém fala nada sobre isso?
Anônimo disse…
Para evitar o linxamento público os vereadores fizeram esse corte merreca. Erraram ao cortar tão poucos CCs e, pior ainda, cortaram justamente alguns dos poucos CCs que realmente trabalham suprindo a carência no quadro de servidores efetivos. Infelizmente, não vi sequer um vereador defende-los. (...)

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Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema