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"Querida, encolhi Maringá"

Em 2004, segundo levantamento feito pelos técnicos da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Urbano, Maringá tenha 42% de áreas vazias em seu perímetro urbano, aí incluindo terrenos destinados a parques industriais e alguns "latifúndios", como o pedaço de terra remanescente da fazenda dos Dias; aquela área enorme localizada entre o Jardim Liberade e o Conjunto Requião e uma "fazendinha" na Zona Sul, alí pelos lados do Conjunto Santa Felicidade.
Será que todas essas áreas foram suprimidas dos novos mapas elaborados pelo Guatassara Boeira? Sim, porque ele disse ontem na audiência pública transformada pelo próprio em mera reunião, que Maringá só possui 4,07% de áreas vazias em seu perímetro urbano. Com esse percentual, estaria justificado o "assassinato" do Plano Diretor que a "administração cidadã" planeja, com objetivo que dá pra desconfiar.
Boeira se vê agora com um novo trunfo nas mãos para perpetrar esta sandice: as 6 mil unidades do programa do governo federal "Minha Casa, Minha Gente".Hoje no O Diário o super-secretário diz claramente que sem expandir o perímetro urbano não tem como viabilizar essas casas, pois na sua visão distorcida, falta terreno em Maringá.
Ao ler tal declaração, que me parece crônica de uma chantagem anunciada, lembrei logo do cientista Wayne Szalinsky. No filme "Querida, encolhi as crianças", ele constrói uma máquina que, acidentalmente, encolhe seus filhos e os dos vizinhos.
Claro, no caso de Maringá, o "acidente" não é obra de ficção, mas um golpe real no futuro da cidade.

Comentários

Editor disse…
Messias, as casas desse projeto, me parece, serão 2.893 unidades.
DENIS DIAS disse…
não eram 10.000 que foram reduzidas p/ 6.000?
Ana Lúcia Rodrigues disse…
Messias, tenho alguns mapas dos locais onde as residências do Programa Minha Casa, Minha Vida serão construídas e a maioria delas não será nas áreas da Macrozona de Contenção, mesmo porque construir naquele extremo da periferia do município, significaria, novamente, deslocar população pobre para o mais longe possível. É preciso esclarecer qual o real uso será dado a tais áreas e, também, se foram realizadas muitas transações de compra e venda com elas recentemente.

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Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema