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A migração do côco

Revendo meu arquivo da Revista Pois É, que durante quatro anos editei com o Moscardi e o Moretti, me deparei com uma matéria sobre implantação da cultura do côco da Bahia em Santa Isabel do Ivaí, Noroeste do Paraná. Autor da façanha: jornalista Parreiras Rodrigues,um apaixonado pela água de côco e um cocoicultor daqueles que arrebenta a sapucaia. Hoje na Assembléia Legislativa, salvo engano assessorando o deputado Acorsi, Parreiras continua aquela figura bem humorada de sempre. Volta e meia dá seus pitacos aqui no blog.
Aproveito a ocasião para pedir ao Parreiras que me diga como vai indo a sua cocomania e a cocoicultura do arenito.

Por falar na Pois é, revista que me dá uma enorme saudade, a edição que publica a matéria do côco é a de número 6 (janeirto de 1987) que tem como reportagem de capa a invasão dos pés vermelhos a Curitiba. Referia a ida de norte-paranaenses para o Palácio Iguaçu. A capa desenhada pelo Kaltoé mostra o saudoso José Richa chegando descalço, calça arregaçada e mala e atrás dele, uma fila de pés vermelhos, a maioria oriunda de Londrina.
A edição saiu no primeiro mês da gestão Álvaro Dias, que aparece logo atrás. A reportagem destacaria também o Cadeia (Luiz Carlos Alborgueti) e o deputado estadual Zé Alves, eleito por Maringá.
O texto de Nilson Monteiro é maravilhoso. O título, também do Nilson, uma pérola: PODER JACU.

Comentários

Caríssimo confrade Messias: A matéria da ótima Pois É está devidamente recortada e arquivada. Obrigado. E você foi muito feliz titulando migração do coco, aquele trabalho nosso para implantação da cultura aqui no Noroeste como alternativa de renda e principalmente como elemento de restauração do mínimo do verde numa região fadada à desertificação. Pois é, caríssimo amigo: Sem o apoio mínimo de qualquer governo, de qualquer cooperativa, contando apenas com a coragem de algumas dezenas de agricultores, o coco produz no Noroeste e muito bem. Segundo dados do Deral/Seab, são comercializados um milhão de frutos/ano. O contabilizado com emissão de NF, mas somadas as áreas plantadas e em produção, acreditamos em safras anuais de cinco milhões de frutos. A nossa vitrine é a Fazenda Portão de Ouro, em Marilena, onde o dr. Daniel Mendes e o seu filho, o agrônomo Ricardo, plantaram 50 hectares irrigados. Veja você, aé hoje o Estado nem se preocupou em mandar técnicos para simpósios, seminários e cursos sobre o coco. Eu fui, às minhas expensas, para aprender sobre esta minha paixão, participar de estágios na Embrapa de Sergipe, São Mateus, ES e Saquarema no Rio de Janeiro. Instalei diversos viveios, fundei a Asparcoco e a Unidade de Pesquisa do Coco no Campus a UEM em Diamante do Norte, aliás, a única entidade que demosntrou interesse na consolidação da cultura. Ganhei sim, se você perguntar o que com isso, um processo por parte do CREA pela prática de exercício ilegal da profissão, baseado em denúncia de agrônomo invejoso. E, para finalizar, não sem antes lhe agradecer por me colocar no extenso mas seleto rol das suas amizades, quanto à rentalidade do coco, prefiro um alqueire irrigado do que dez com outra cultura qualquer. Saúde e Paz! Amigão e, preste atenção, se dou pitaos neste seu excelente blog é porque o abro todos os dias. Parreiras Rodrigues, ex-O Diário.
Anônimo disse…
Caríssimo confrade Messias: Se dou pitacos é porque abro o seu excelente blog todos os dias. E muito obrigado mesmo por você me abrir espaço para falar do andamento da cultura do coco no nosso Noroeste. A propósito, a matéria que vocês fizeram na ótima Pois É, foi devidamente recortada e arquivada. E agora você foi muito feliz referindo-se à migração do coco para o nosso Estado. Mas, prá você e todos os seus leitores, a cocoicultura está consolidada no Paraná. O Iapar já fez o zoneamento agrícola da região apta ao plantio e o Derak/Seab dá conta que são comercializados mais de um milhão de frutos/ano, o que nos leva a crer que a produção passe da casa dos cinco milhões de frutos/ano. A nossa vitrine é a Fazenda Portão de Ouro, em Marilena, onde dr. Daniel Mendes e o seu filho agrônomo, o Ricado, plantaram 50 hectares - 10.000 pés, tudo irrigadim. E o relativo sucesso do cultivo se deve única e exclusivamente à visão e coragem dos agricultores simpatizantes do produto, pois ninguém mais contribuiu ou contribui para com o seu sucesso, com exceção da nossa UEM, com quem fizemos convênio para instalação da Unidade de Pesquisa do Coco `Jornalista Jota Oliveira` no seu Campus em Diamante do Norte. O interesse do Governo foi tanto que só mandou um técnico, não mais no Paraná, participar de um estágio para transferir conhecimentos para os interessados. Fui eu, às minhas expensas, fui duas vezes estagiar na Embrapa de Sergipe, participar de cursos e seminários em São Mateus no Espírito Santo e em Saquarema, no Rio de Janeiro. Instalei diversos viveiros e fiz um livro `Coco - Uma alternativa agroindustrial e de reflorestamento para o Noroeste do Paraná. Fiz palestras para mais de trinta prefeituras para mostrar como se planta o coco e por isso, ganhei um processo por parte do CREA, por execício ilegal de profissão, dedurado por um agrônomo invejoso. Bem, agora a minha associação, com algumas parcerias e o apoio político do meu patrão, o dep. Luiz Accorsi, vamos realizar fim de ano, um seminário sobre técnicas de cultivo do coco, ministradas pelos pesquisadores da Embrapa sergipana. Gratíssimo, Messias, e de você saiba sempre que para mim, você é um pequeno grande homem. Parreiras Rodrigues, ex- O Diário (74)
Anônimo disse…
Pois é Messias, fazíamos uma revista a canivete, numa época em que em Maringá não tínhamos sequer uma máquina de fazer títulos. E que revista! O triste de tudo isso, é que hoje, a maioria dos profissionais que participou da Pois É está fora do jornalismo diário. Acho que nenhuma outra publicação reuniu tantos talentos como a Pois É. Em cada edição a revista tinha matérias de profissionais de todo o Paraná, aliás, pautados por você. Foi uma escola para mim. Tempos de glória! Estávamos em lua-de-mel com a democracia, depois da eleição de José Richa e Álvaro Dias, ícones do antigo MDB que chagavam ao Palácio Iguaçu, e tínhamos sonhos, muitos sonhos... Hoje o jornalismo no estado é rico em recursos técnicos e miserável em conteúdo. Falta aos jornalistas humildade para aprender.
moretti
Anônimo disse…
Mané Missia, minha nega, que lero é esse de postar saudosismos às 5h da madrugada? Acaso sois notívago? Ou não dormes por paúra de uma saia comandar seus passos a partir de 2011? Se for mesmo uma saia, que seja a doce e meiga saia acreana. Mete medo a soberba da outra saia, plissada, roxa e demodê.

Pois é, cara, bendita POIS É! Também tenho saudades. "Poder jacú" marcou para canário. Nosso melhor título foi O CONTO DO EVANGELHO. Massa! Nem as revistonas de SP sacariam algo melhor.

As caravanas podem passar aos latidos dos cães, mas a POIS É ficou. E ficará para sempre. Nenhum historiador honesto poderá esquecê-la ao relatar aquele naco do jornalismo - 1986-1992.

Só faltou vc dar o crédito ao autor da matéria dos pés vermelhos neste post. Ou foi vosmecê mesmo? Não me lembro.

Té + ver, Manuel.

E lembre-se: o PT acabou com o sonho, mas sobraram a empada, a coxinha e o quibe...

Moscardi
Anônimo disse…
Ops! Zé, o crédito ao autor da matéria tá lá. Prometo retornar ao oculista já nos próximos dias.

Grande Nilson Monteiro. Além do Lula, ele tbm é O CARA!

Saudações marianistas (a Silva)

Mosca
Ô Moscardi...É Marinista, sô! Já estou montando um quartel na minha Santa Isabel do Ivai querida, e o meu pessoal já está se pintano para a guerra. Pois É Vive! Quem bom ler você...Parreiras.
lukas disse…
Saudade danada da Pois É. A guinada na minha modesta carreira começou ali. Peguei gosto pela coisa e parti pra luta. Me lembro que ficávamos até às três da madruga conferindo algum erro gráfico das revistas. Depois era só lamber a cria.
Muita saudade dessa época.

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