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Maringá vai discutir suas políticas de segregação social

O Observatório das Metrópoles,o Fórum Maringaense pelo Direito às Cidades e o Departamento de Ciências Sociais da UEM farão nos próximos dias 9 e 10 de dezembro um seminário sobre o processo de segregação urbana na Região Metropolitana de Maringá. A base da discussão serão os dados do censo democráfico de 2010, que o IBGE já disponibilizou em seu site. Esses dados estariam mostrando que Maringá foi a cidade paranaense que mais cresceu na última década. Mas que, em nome da preservação de um modelo de cidade previsto no seu projeto inicial, cresce dentro da lógica de desigualdade. Dizem alguns especialistas em políticas urbanas, como a professora Ana Lúcia Rodrigues, que "é evidente a identificação de áreas de moradia para distintas rendas. Alguns são os territórios da riqueza e outros da pobreza e a diferença entre ambos é que os investimentos em qualidade urbana se concentram nos territórios onde residem as altas rendas, restando aos espaços de moradia dos pobres a precariedade, a deficiência de equipamentos coletivos e o abandono".
A propósito dessa política de desenvolvimento excludente, será oportuna a discussão em torno do processo de transferência da população pobre de Maringá para municípios do entorno, hoje cidades dormitórios, como é o casoa de Paiçandu e Sarandi, principalmente Sarandi.
Dentro dessa mesma lógica é que a atual administração municipal gestou o projeto de desfavelamento de um bairro onde não há favela, dando aos seus habitantes pobres, a opção de escolher (por livre espontânea pressão) outros locais para morar. Refiro-me ao "Santa Felicidade", local onde mais a segregação social se manifesta.

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Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema