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Kotshco relembra a REALIDADE e eu não esqueço a POIS É



"Durou pouco, mas ”Realidade” (1966-1976) marcou para sempre o jornalismo brasileiro. Na verdade, a grande revolução promovida pela revista na imprensa escrita, em plena ditadura militar, durou apenas 20 meses, de abril de 1966 ao final de 1968, quando o Brasil entrou nas profundezas do Ato Institucional Nº 5, e acabaram-se as liberdades todas.
Até hoje, porém, “Realidade” continua “cult”, tema de incontáveis teses acadêmicas e da curiosidade dos estudantes que querem saber como o Brasil foi capaz de produzir numa determinada época esta revista que parecia de outro mundo.

Como “Realidade” era uma publicação libertária em todos os sentidos, a revista foi morrendo aos poucos, depois da diáspora de dezembro de 1968, quando saiu toda a equipe que a criou. Meu grande sonho na época era trabalhar lá, mas não deu tempo".

. Ricardo Kotscho

PS: Aliás, sobre Kotscho, um dos melhores repórteres investigativos que o Brasil conheceu, vale a lembrança de que foi ele quem popularizou a expressão mordomia. Isso , devido a uma reportagem que fez para o jornal O Estado de São Paulo, no auge da ditadura militar, mostrando a vida de nababo que levavam alguns ministros, caso de Alnaldo Prieto, do Trabalho. A matéria deu Prêmio Esso de jornalismo a Ricardo Kotscho, sem dúvida , um exemplo de profissional e uma referência ética para quem milita nesse meio.

Bem, ao relembrar REALIDADE eu não poderia esquecer a POIS É. Guardadas as devidas proporções, POIS É marcou época como uma das melhores revistas do Paraná. Era editada aqui em Maringá (1986/1991) por mim e pelo meu irmão de fé Antônio Moscardi, com a participação decisiva do Luiz Carlos Rizzo, Antônio Carlos Moretti e Kaltoé.Quem conheceu a POIS É não esquece nunca. Assim como REALIDADE está na mente dos brasileiros que tiveram o privilégio de ler a REALIDADE, a POIS É continua nos corações e mentes dos maringaenses que prestigiavam a revista desses cinco malucos sonhadores.

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