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Enfim,a emenda parlamentar na alça de mira

"A tarefa de emendar o Orçamento da União transformou-se, há tempos, num meio para os parlamentares corruptos embolsarem dinheiro público. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado revela mais um desses casos - protagonizado pelo deputado federal João Bacelar, que cumpre o seu segundo mandato pelo PR baiano.

O esquema é de uma simplicidade assustadora. Entre 2007 e 2010, João Bacelar - filho de ex-deputado federal, e típico representante do baixo clero da Câmara - teve direito a 43,5 milhões de reais em emendas. Quase metade disso foi destinado a prefeituras do semiárido baiano, onde estão seus redutos eleitorais. As prefeituras contratavam a Empresa Brasileira de Terraplanagem e Construções Ltda. (Embratec), administrada por Bacelar desde 2006. E o dinheiro ia parar no bolso do deputado".

. Revista Veja

Meu comentário: não é de hoje que manifesto nese modesto blog a minha indignação com o instituto da emenda parlamentar. Sempre achei que a possibilidade de parlamentares levar dinheiro do orçamento da união para suas bases eleitorais, com "pedágio" em muitos casos, é uma excrescência. Nunca revelei isso aqui, mas em 2002, participando de um debate na CBN com deputados eleitos e reeleitos por Maringá, tive um bate-boca com Ricardo Barros. Ele se irritou com essa pergunta:"Deputado, supondo que o presidente Lula vá colocar um fim a esta farra das emendas parlamemntares, que tem servido para alimentar redutos eleitorais no Brasil inteiro, como será sua atuação na Câmara Federal, para manter suas bases oxigenadas?".

Não é preciso dizer que o deputado se enfureceu. E aproveitou para criticar o presidente recém-eleito, dizendo tratar-se Lula de uma fraude eleitoral.
Na verdade, Lula não impôs as restrições esperadas à emenda parlamentar e Ricardo virou vice-líder do governo dele, depois de ter sido vice-líeder de Fernando Henrique Cardoso. E foi, ao lado do deputado Odílio Balbinotti, um dos que mais trouxe dinheiro de emendas parlamentares para a região da Amusep.

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