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O próprio PP ajuda a "fritar" Negromonte

“Identifico fogo amigo, claro que sim! Partidos da base aliada e o próprio PP nacional – não o da Bahia – têm interesse no ministério.As denúncias surgem porque o ministério é importante. A gente toma conta de diversos programas, como o Minha Casa, Minha Vida, de R$ 170 bilhões, o de saneamento básico, de R$ 50 bilhões, o de mobilidade urbana, de R$ 30 bilhões. E a gente contraria muitos interesses. Aqui e acolá tem meia dúzia de insatisfeitos na bancada, é normal.”

. Palavras de Mário Negromonte, envolvido em denúncias de fraude em obra para a Copa de 2014. A julgar pelo comportamento da presidente Dilma no caso Luppi, o PP pode perder o ministro mas não perde o Ministério da Cidade, a pasta que mais tem dinheiro pra gastar. Não é preciso dizer, então, porque o ex-deputado e presidente do partido no Paraná, Ricardo Barros, brilha os olhos quando alguém aventa a possibilidade dele assumir o lugar de Negromonte.

Por falar nisso, lembro o episódio dos R$ 20 milhões destinados ao "desfavelamento"
do Conjunto Santa Felicidade em Maringá. O então ministro Márcio Fortes estava num fim de tarde em seu gabinete conversando com o deputado Ricardo Barros. Teria dito a ele: "Está sobrando R$ 20 milhões aqui para desfavelamento e nem sem para onde mandar este dinheiro". Ricardo não titubeO ministro teria se espantado: "Mas até onde eu sei, em Maringá não existe favela". E RB emendou: "Não tinha, agora tem".
O desdobramento desse episódio, que postei aqui há mais de um ano todo mundo sabe. O plano foi em frente, mediante um dossiê artificialmente preparado para provar que na cidade sem favela havia favela sim. Juntou-se até fotos de barracos localizados em município vizinho.
O assunto foi destaque na Folha de São Paulo e no principal telejornal da Rede TV. O apresentador Rodolfo Gamberini lei a chamada: "Prefeitura de Maringá, no Paraná, monta dossiê fraudulento para pegar dinheiro do governo federal".

Dá pra imaginar como seria a gestão de Ricardo Magalhães Barros à frente desse importante ministério.

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Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema