Nem tudo é flores e motivo de entusiasmo na marcha do
crescimento do agronegócio, indiscutivelmente a pedra de toque da economia
brasileira nesse início de século. Os problemas sociais por ele provocado,
principalmente no campo são terríveis, como constata o pesquisador Tiago Cubas.
Ao defender tese de
mestrado na Unesp de Presidente Prudente, Cubas fez revelações
estarrecedoras, a partir dos levantamentos que fez durante o processo de
pesquisa. Disse ele: “ O avanço do agronegócio, com a explosão da cultura
mecanizada, intensificou nos últimos anos as conseqüências da concentração de
terras no estado de São Paulo. A despeito da modernidade de técnicas, os
pequenos e médios produtores vivenciam o acirramento de uma realidade colonial.
Muitos são obrigados a abandonar ou arrendar suas terras e enfrentar um quadro
trágico e violento. Em nove anos, morreram 16 pessoas e ao menos outras 53
foram ameaçadas por tentar interromper a lógica da concentração”.
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