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Aqui como no resto do Brasil

Que me lembre , só a de 1968, quando uma multidão perseguiu e vaiou o governador Paulo Pimentel, se equipara ao que houve hoje em Maringá. Uns falam em 10 mil,outros em 15 e há quem fale em 20 mil pessoas, muitas das quais estavam até há pouco no Terminal Urbano e vaiando a presença da PM.
A manifestação deveria ser pacífica, mas diante do clima que se verifica em todo o país, sempre tem aquele grupo mais exaltado que acaba fazendo besteira. Em Maringá não foi diferente. Pelo que me informou um garoto que esteve presente, andaram quebrando vidraças na Prefeitura, o que é lamentável. O prefeito Roberto Pupin foi xingado, mas do jeito que os ânimos estavam exaltados fosse quem fosse o prefeito, seria hostilizado.
Aqui como no resto do país, os manifestantes fizeram questão de deixar claro que tratava-se de um movimento apartidário. Tanto que sobrou para o PSTU, que também em Maringá teve bandeiras arrancadas das mãos de seus membros.
Ainda no início da concentração em frente ao terminal, enquanto alguns jovens faziam discursos inflamados, vi um secretário municipal passar no meio dos manifestantes com ar de deboche. De longe, me pareceu desdenhar do pequeno número de pessoas ali existente naquele instante. Mal sabia ele que o protesto tomaria dimensões gigantescas hora depois.
Os discursos, claro, falavam de aumento das passagens de ônibus, o que talvez tenha sido o motivo do ar de muxoxo do assessor do prefeito.
Realmente, a passagem sofreu redução e não aumento. Mas foi uma redução meio mandrake, porque ocorreu pouco depois de ser majorada. E , se considerarmos as isenções fiscais concedidas à empresa que, certamente sairão do bolso do povo, os gritos contra o aumento não estavam assim tão fora do contexto,não.
É bom lembrar que a questão da tarifa de ônibus foi apenas pretexto para as manifestações, pois a insatisfação é contra uma série de demandas reprimidas. Os cientistas sociais tem se debruçado sobre isso e a conclusão é a mesma: o movimento não tem lideranças, é a partidário e todas as mobilizações tem sido articuladas via redes sociais. Portanto, como escreveu FHC, é preciso compreender o fenômeno, ao invés de reprimi-lo. Quanto aos atos de vandalismo, isso é outra coisa.

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