Pular para o conteúdo principal

O drama nosso de cada dia

Não há médico suficiente para um atendimento pelo menos razoável em algumas especialidades. Na ortopedia, onde a demanda é enorme,a situação é de caos. Pior só a neurologia, onde o risco de morte é iminente em muitos casos. Mesmo naqueles mais graves, onde os pacientes se veêm em situação quase irreversível, a urgência esbarra nas extensas listas de espera da central de leitos, que vive tropeçando na ineficiência de um sistema criminosamente relapso.
Não estou aqui para falar de dramas pessoais, porque essa não é uma postura ética recomendável a um jornalista que tem um mínimo de consciência do seu papel social. Mas nos últimos dias, tenho me deparado com alguns dramas familiares, que deixam de ser pessoais na medida em que constato, in loco, a barra que é precisar de uma cirurgia urgente, de alta complexidade. Agora mesmo estou às voltas com um cunhado que sofre com um coágulo no cérebro,mas apesar da família ter procurado o Ministério Público na sexta-feira, ele continua no Hospital Municipal, cada vez com menos chance de vida.
É desumano assistir a tanto sofrimento sem que nada pareça ser possível fazer. Sei que o Ministério Público da Saúde tem uma atuação firme nessa área, mas pouco pode resolver se o sistema de monitoramento de leitos não dá conta da demanda. No caso específico do meu cunhado, que para piorar a situação é epilético e já teve um avc hemorrágico anterior a esse, a expectativa da família é que a situação se resolva amanhã logo cedo, sob pena de ter que gritar a todo pulmão, para que a central de leitos se mexa e consiga uma vaga para a cirurgia de emergência, enquanto é tempo. Se houver tempo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema

Demora, mas chega...

 Estou ansioso pelo blog, que está demorando por conta da demanda de trabalho da equipe que está montando. Hoje recebi a notícia de que está sendo finalizado e entra no ar ainda esta semana. Pretendo atualizá-lo o tempo todo - de manhã, de tarde e de noite.