Maurício não é filho de Maurício, é filho de Roberto. Mas traz no
sobrenome a língua ferina, a contundência. Jovem ainda, Mauricio Requião, não o
irmão , mas o filho do ex-governador e atual senador da república deve ser
candidato a deputado, não sei se estadual ou federal, ano que vem. Advogado especialista
em políticas públicas, tal qual o pai tem discurso de esquerda, embora esquerda
não pareça ser . É de Maurício essa a crítica ao instituto da emenda
parlamentar, com a qual eu concordo em gênero, número e grau. Diz ele, sobre o
tal Orçamento Impositivo, que obriga o governo a liberar emendas parlamentares:
“Você já deve ter ouvido falar do
“Orçamento Impositivo”. Aquele que garante as emendas dos parlamentares. Você
sabe direito do que se trata?As emendas individuais ou emendas parlamentares
são, em sua definição, acréscimos ou inclusões de dotação com recursos oriundos
da anulação de dotação da Reserva de Recursos, as quais têm que ser compatíveis
com o Plano Plurianual do quadriênio que estão inseridas e com as demais
disposições aprovadas anualmente pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. Em português, são verbas
destinadas individualmente por cada parlamentar para determinado município”.
A verdade
verdadeira é que as emendas são moedas de troca, que permitem ao parlamentar levar dinheiro que deveria ser de direito dos
municípios diretamente para os prefeitos de suas bases eleitorais. De tal forma
que tanto o presidente da república (no nosso caso atual a presidente) quanto
os governadores , liberam percentuais de emendas quando querem o voto do
parlamentar para seus projetos. A imoralidade está exatamente aí, na troca de
favores, que no sistema político brasileiro virou prática comum, já incorporada
aos costumes no jogo do poder.
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