Orlando Pessuti foi vice de Requião em dois mandatos.No último, assumiu a chefia do Executivo quando o governador se desincompatibilizou para concorrer ao Senado. Bastou sentar na cadeira , não mais como interino, Pessuti decidiu limpar a área e demitir requianistas de quatro costados, inclusive Benedito Pires, braço direito de Roberto Requião desde sempre. Aí o pau quebrou na casa de Noca. Hoje, os dois são brigados e por mais que os interesses partidários tenham feito uma ligeira aproximação entre ambos, Pessutão não se quedou e decidiu: vai trabalhar feito leão na convenção de amanhã pela aliança PMDB/PSDB.
Irônico, Requião promete passar como trator sobre os adesistas e, armado de chicote, promete "expulsar os vendilhões do templo". A convenção do PMDB nesta sexta-feira portanto, promete. Será quente, com forte esquema de segurança.
Vai sair a candidatura própria ou a aliança com Beto, devendo o PMDB dar o vice e Pessuti ser contemplado com uma vaga para senador? Aconteça o que acontecer, creio que o ex-vice sairá chamuscado dessa brincadeira. Se vencer, pode ser atropelado pelo Diretório Nacional, que trabalha pelo palanque duplo do Estado pró-Dilma/Michel Temmer. Nessa perspectiva, a intervenção no PMDB do Paraná não é descartável.
O bicho vai pegar amanhã na capital paranaense. Até porque, o resultado da convenção peemedebista é determinante para o novo cenário político do Estado. A aliança pode significar a reeleição de Beto Richa com um pé nas costas. A candidatura Requião, por outro lado, coloca lenha na fogueira da sucessão e deixa o atual governador em situação muito complicada.
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