“Dizer que aumentar o
número de vereadores não implica em aumento de custos é pura hipocrisia. Como
não aumenta custos se indo de 15 para 23 , teremos 8
vereadores a mais, cada vereador com um gabinete e assessores?”. Foi o que disse
agora há pouco na Rádio CBN o presidente da Câmara Ulysses Maia, não reeleito para continuar
comandando a Câmara, num pleito cheio de senões éticos em que venceu o nome da
preferência do manda-chuva Ricarddo Barros, Chico Caiana.
Numa conta simples, só
de salários a Câmara gastaria mais R$ 3,4 milhões por ano, fora custos de
manutenção dos novos gabinetes e claro,
os gastos com a reforma da estrutura física da Casa, para acomodar tanta
gente. O que se constata com facilidade
no interesse dos atuais vereadores em aumentar o número de cadeiras, é a maior
facilidade com que a maioria conseguiria se reeleger em 2016. “Uma coisa é você
disputar 15 vagas, outra é disputar 23”, diz Ulysses Maia, que nos últimos dois
anos enxugou de maneira impressionante a estrutura de funcionamento do Poder
Legislativo de Maringá, que na época do John chegou a gastar cerca de R$ 80 mil
de combustível por mês e atualmente gasta entre R$ 3 e R$ 5 mil.
Politicamente, Ulysses
pode se firmar nos próximos dois anos como uma alternativa consistente para as eleições
majoritárias, com condições objetivas de se contrapor ao poderio dos Barros.
Porém, se fraquejar na sua postura atual de enfrentamento, aí pode esquecer, o nome que Ricardo indicar se
elegerá com um pé nas costas.
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