Me perguntaram ontem o
que penso dessa tentativa dos vereadores aumentarem o número de cadeiras na
Câmara Municipal de Maringá. Minha resposta foi, é e sempre será bem objetiva.
Se for pelo
fortalecimento do legislativo enquanto poder, tudo bem. O que questiono não é o
número de vereadores existente, mas sim a qualidade destes. Uma legislatura não
pode ser avaliada a partir do número de representantes do povo e pela forma
como a Mesa Executiva conduz os gastos
que lhe cabem na peça orçamentária aprovada em plenário e sancionada pelo
prefeito. Não é o que se gasta , mas como se gasta. O fato de devolver dinheiro
ao Executivo não pode ser tomado como referencial de boa gestão da Casa de
Leis.
Na minha modesta visão,
o que qualifica a Câmara como legítima representante do povo é a forma como os
vereadores se comportam diante de projetos importantes e de temas polêmicos
para a cidade. Um vereador bom, cumpridor do seu papel custa barato para a
sociedade, por maior que seja seu salário. Um
vereador ruim é caro , mesmo que ele pague para exercer o mandato.
Esse é o ponto. E é a
partir desse ponto que acho que a discussão acerca do aumento de cadeiras na
Câmara Municipal deve ser conduzida. Aumentar o número e manter a representação
ao nível de hoje, é amplificar a subserviência (e a incompetência) do Poder
Legislativo ante o Executivo. Mas se os partidos tiverem juízo e forem
realmente bem intencionados, inclusive criteriosos na hora de escolher seus
candidatos, aí pode valer a pena. Caso contrário, melhor continuar com os 15
atuais, já que aqueles que realmente honram o mandato são exceção e não regra.
Infelizmente.
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