. Direto do Blog do Luis Nassif
" Hoje em dia, há uma disputa ferrenha para definir o
governo mais inerte: se o de Dilma ou de Alckmin.
Mas nada se equipara ao desastre completo que se
observa no Paraná.
O massacre que a Polícia Militar impôs, ontem, aos
professores que manifestavam contra o governo entrará para a história política
contemporânea como o dia da infâmia.
200 pessoas feridas, 15 em estado grave, uma
covardia sem fim, cujo único gesto nobre foi o de 17 policiais que se recusaram
a atacar os manifestantes – e foram punidos por isso.
É apenas o desfecho de uma gestão desastrosa, que
quebrou o estado. Mas reflete um estado de espírito que se apossou do partido,
quando substituiu os intelectuais por pitbulls de baixíssimo nível.
Nos últimos anos, a reboque da mídia, a única
bandeira que o partido cultivou foi o antipetismo – como se fosse possível se
tornar alternativa de poder sendo apenas anti.
Hoje em dia definha o PT e definha o governo Dilma,
o país está rachado ao meio, há um ódio permanente no ar. A política econômica
procede a aumentos sucessivos da taxa Selic, com a atividade econômica
agonizante. E o governo patina sem um projeto de país para oferecer.
Seria o momento de se apresentarem os mediadores,
os que conseguissem ser a síntese das políticas sociais do PT com a visão de
mercado do velho PSDB desenvolvimentista.
Mas a miopia reiterada dos seus gurus, a falta de
visão estratégica, o personalismo absurdo de uma geração geriátrica que se
aboletou no poder, impediu a renovação do PSDB e permitiu que o infame Beto
Richa se tornasse a cara do partido.
***
O que Richa fez foi apenas externar, com atos, a
virulência desmedida da cara do partido, os Aloysios Nunes, Aécios Neves,
Carlos Sampaios, Josés Serras.
Não foi à toa que, nas últimas eleições, a parcela
mais moderna do empresariado paulista saltou fora do bonde do PSDB e tentou
fazer alçar voo a candidatura de Marina Silva".
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