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O quadro sucessório em Maringá


Quais serão os candidatos a prefeito de Maringá em condições de chegar? Uma pesquisa séria apontaria, com certeza, pela ordem: Silvio Barros II, Humberto Henrique e Ulysses Maia. Isso considerando um cenário sem a presença de Edmar Arruda, que ainda não se sabe se vai ou se fica. Há um quinto nome a ser especulado? Talvez  possa ser incluído o de Mário Verri, mas aí e sua briga seria interna, com Humberto, num bate-chapa que não seria nada interessante para o PT .

E o Doutor Batista? E o Quinteiro? São nomes carimbados, que tem estado em quase todas as disputas nos últimos anos mas que desta vez só sairão se houverem interesses outros que não propriamente os de vitória. Que o diga o histórico eleitoral na majoritária de cada um dos dois.

Silvio é favoritíssimo, não há como negar essa verdade. Primeiro porque foi prefeito em dois mandatos e para os padrões da nossa Dallas tropical, foi um bom gestor. Segundo porque a Ulysses falta pegada e a Humberto, experiência numa disputa de prefeito, sem contar o peso que representa hoje carregar a estrela do  Partido dos Trabalhadores na lapela.

Nome por nome, Humberto é quase uma unanimidade quanto à sua competência e postura ética. Contra Ulysses pesa o fato de que ele já esteve lá, do ladinho dos Barros e convenhamos, em política muitas coisas conspiram contra aliado de ontem e adversário de hoje. A marca da concordância com o que hora se discorda, parece nódoa, não sai assim tão facilmente. Quanto a Silvio, não tem como subestimar o poder de fogo do grupo político liderado por Ricardo, que tem deitado e rolado em eleições municipais nos últimos anos.

Fosse Ênio o candidato, Ricardo saberia como embaralhar, cortar e dar as cartas. Com Humberto, que transita em áreas diversas da sociedade local, com um nível de respeitabilidade inquestionável, pode pintar surpresa. Principalmente se ele conseguir encaixar um bom discurso, que transmita mais suas práticas políticas do que as ideias e os ideais petistas, que Maringá tem dado demonstrações claras que rejeita.


O Petismo e o antipetismo continuam do mesmo tamanho de 20 anos atrás no país, segundo pesquisa do instituto Vox Populi. Certamente os pesquisadores do cientista político Marcos Coimbra não andaram por aqui, porque se tivesse andado veriam que o antipetismo cresceu, e muito, do início do governo Dilma para cá.

Este é um cenário que os petistas precisam encarar com humildade (coisa que não é muito comum em se tratando dos orgânicos) e trabalhar com inteligência no desarme dessa bomba relógio que, a  continuar com seu tic-tac ensurdecedor , pode explodir nas urnas   em 2016, com reflexos desastrosos em 2018.

Quanto a Ulysses Maia, reconheçamos: ele  reúne condições pessoais para ir para o enfrentamento e se credenciar como um candidato de chegada. Resta saber se conseguirá formar um arco de alianças minimamente necessário à sustentação de uma chapa de ponta. E mais: se terá gás suficiente  para encarar a briga com a família Barros, que certamente fará o possível para desqualificar o ex-aliado e manter a polarização  PP-PT, sempre favorável ao “condomínio barroso”.

Corre por aí que Maia deverá deixar o Solidariedade e ingressar no PDT, partido já consolidado e com maiores possibilidades de atrair aliados de outras siglas. Num eventual segundo turno seria natural o apoio de Ulysses a Humberto Henrique, ou de Humberto a Ulysses. Mesmo assim seria uma parada indigesta contra quem quer que venha a representar o grupo de Ricardo Barros na disputa. Havendo juízo e disposição de ambos para calçar as sandálias da humildade, a dupla Ulysses-Humberto (ou Humberto-Ulysses) pode até dar samba. E por que não uma dobradinha já no primeiro turno?

Em tempo: adiciono agora a esse artigo o fato novo da política local que é a especulação em torno do nome do promotor Cruz. Se essa candidatura se concretizar, claro que o quadro muda completamente. É esperar pra ver.





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