Depois que a Veja, por conta de vazamento do sigilo bancário de
Lula, divulgou que o ex-presidente recebeu dinheiro de empreiteiras envolvidas
na Lava-Jato para proferir palestras, o Instituto Lula decidiu escancarar a
lista de contratantes.
A lista completa inclui 70 conferências, devidamente bem
remuneradas. Foram palestras no Brasil e no exterior, agendadas por meio da
empresa LILS Palestras e Eventos Ltda, “ remuneradas de acordo com a projeção internacional do palestrante, com o recolhendo dos devidos
impostos”.
O Instituto Lula ressalta que “no mesmo período o ex-presidente
participou, gratuitamente, de mais de 200 conferências, palestras e encontros
promovidos por sindicatos, movimentos sociais, partidos, governos e
instituições multilaterais, no Brasil e no exterior, sempre em defesa dos
interesses nacionais, da paz mundial, estimulando o combate à fome e à pobreza”.
Segundo a entidade, “as palestras
de Lula foram contratadas por algumas das maiores e mais respeitadas empresas
de vários setores econômicos, do Brasil e do mundo. Por exemplo: Microsoft,
Itaú, Infoglobo, Santander, Ambev, Telefónica, Iberdrola , Lojas Americanas ,
Nestlé, Queiroz Galvão, Pireli e Telmex”.
O que se pergunta é o seguinte: como e porque houve o vazamento,
justamente para a Veja, que promove
perseguição implacável ao ex-presidente? Claro, uma lista dessa não pode ser
segredo. E por que seria? O problema é a finalidade da divulgação e a trama
rocambolesca armada em torno do assunto. Pelo jeito a Veja vai ter tanta ação
de reparação e danos estourando pra cima de si, que não demora muito e vira pó.
Ou melhor, lama.
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