Obnubilado pelo discurso desconexo e
desinformador da oposição e pela distorção de parte da mídia, o brasileiro
comum continua indignado com investimentos que o governo brasileiro, a partir
de Lula, tem feito em Cuba. O mais vistoso, e polêmico, foi o Porto de Mariel,
construído com ajuda do BNDES e inaugurado por Raul Castro com a presença da
presidente Dilma.
Dizem azedos críticos dessa parceria que trata-se aliança
ideológica entre os governos petista e castrista. Ao contrário, trata-se de
projetos pragmáticos, de mão dupla, que é tão interessante a Cuba quanto ao
Brasil. No caso específico do Porto, que é colossal, ele deverá receber já a
partir de 2016, navios de cargas
brasileiros que vão transitar pelo Canal do Panamá. O porto está a menos de 150
quilômetros dos Estados Unidos, o maior mercado do mundo e por onde deverão
passar produtos brasileiros rumo à América do Norte.
O porto, que recebeu U$ 682 milhões de empréstimos do BNDES e como
contrapartida gastou U$ 802 milhões de
produtos e serviços no Brasil , é de
fundamental importância para as companhias brasileiras que exportam seus
manufaturados, inclusive para o continente asiático.
Some-se a tudo isso o fato de que Cuba se tornou um grande
parceiro comercial do nosso país. Cuba tem 11 milhões de habitante, sendo
portanto, um mercado consumidor importante, principalmente a partir da
suspensão em definitivo do bloqueio comercial imposto pelos Estados Unidos no
início dos anos 60 e que perdura até hoje. Empresas brasileira estão de olho na
ilha e de olho principalmente no Porto de Mariel, que vai facilitar em muito a
exportação de seus produtos para vários continentes.
Por tanto, falar que o Brasil está socorrendo a economia
cubana (inclusive dando esmolas, segundo alguns imbecis) enquanto a nossa economia está quebrada , é
uma manifestação da mais pura ignorância.
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