Há dois anos, quando Ricardo Barros tateava o terreno da política paranaense para ver onde encaixaria seu mano Silvio e sua esposa Cida , comentei sobre o trabalho de bastidores que ele fazia para colocar pés e mãos nos barcos dos três principais candidatos a governador – Beto, Gleisi e Requião. Não conseguiu encaixar Silvio em nenhuma das três chapas, mas colocou a mulher na vencedora,de Beto. Por isso ela é hoje vice-governadora. Ele, enquanto deputado federal, foi vice-líder de FHC, de Lula e de Dilma.
Quando o barco da presidente já tinha afundado, na semana da votação do impeachment na Câmara, Ricardo manobrou para o seu PP cair fora. E fez mais: tratou de articular o fechamento de questão, que era uma forma de se sentir mais confortável ao votar pelo impedimento. E claro, antes negociou junto com Ciro Nogueira (presidente nacional do PP) um ministério para o Partido Progressista no eventual governo Temer. Não por acaso é hoje ministro da saúde.
Leitão Vesgo, por mamar numa teta e estar sempre de olho na outra, foi o apelido que ele ganhou de André Vargas e que foi muito propagado por Requião. Muito adequado, não?
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