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O exterminador do passado pode voltar


Há três anos postei esse comentário, expressando a minha e a indignação dos maringaenses que prezam pela memória da cidade. Os protestos no entorno do prédio da rodoviária velha que, ao invés de ser demolido, deveria era ser restaurado, foram muitos e ruidosos. Mas de nada adiantou, o exterminador do passado e do futuro da "Cidade Canção" Silvio Barros II , insensível como sempre , colocou tudo no chão. Agora ele quer voltar, e o pior é que deve voltar, ao comando da cidade.Certamente voltará para tornar Maringá, que nas suas duas gestões anteriores virou capital nacional da multa de trânsito, em capital dos aplicativos. Tomara que o eleitorado pense nisso. Se não levar nada disso em conta, restará a gente torcer para que haja aplicativos também para monitorar os aditivos, o inchaço da máquina com CCs e a qualidade dos prédios públicos , para que não tenham que ser reformados pouco tempo depois de inaugurados. Que os anjos digam, amém!



“O maringaense tinha muito que se orgulhar da Rodoviária Américo Dias Ferraz, projetada no final dos anos 50 sob influência dos traços do maior arquiteto do século XX, Le Corbusier. As principais criações do mestre da arquitetura moderna estão em grande exposição em Nova York, que deve correr por capitais européias, como Londres e Paris. Segundo reportagem publicada hoje no jornal Gazeta do Povo, “o mestre Le Corbusier, um artista transformador, é responsável por grandes mudanças no pensamento arquitetônico.
“O legado corbusiano está em várias edificações icônicas de Curitiba. Entre elas, se destacam o palácio Iguaçu, a Reitoria da Universidade Federal do Paraná e o edifício construído como sede do Instituto de Previdência do Paraná”, destaca o principal jornal do Estado, acrescentando que “a lista de profissionais que recebeu influência de Le Corbusier em projetos executados na capital paranaense também é extensa – notadamente a partir da geração de arquitetos e engenheiros que veio de São Paulo nos anos 60 para lecionar no recém-fundado curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR”.
Oscar Niemeyer era um jovem e promissor arquiteto quando Le Corbusier esteve no Brasil e teve com ele algumas conversas.
Em sua edição de 5 de novembro de 2010 o O Diário destacava em matéria sobre a Rodoviária, com base em informações do professor Altair Aparecido Galvão, doutorando em Geografia Humana:
“ Em Maringá, a Estação Rodoviária Américo Dias Ferraz foi construída no início da década de 1960 e se transformou em motivo de orgulho para todos os munícipes, em especial quando algum londrinense nos visitava e reclamava do fato de Londrina, a "Capital do Café" não possuir, na época, nada parecido. Perto da nossa "Estação", a deles era um mero "ponto de ônibus".
Quando ela foi inaugurada, os seus dois arcos, localizados na Avenida Tamandaré e na Rua Joubert de Carvalho, eram considerados os maiores vãos livres com esse formato no Brasil. Além de ser um dos principais pontos de chegada e partida de passageiros de vários locais do país, era um centro comercial popular, ou seja, um espaço público por excelência”.
Há de se concluir, então, que a demolição do prédio da Rodoviária Américo Dias Ferraz foi um crime injustificável contra a memória da cidade e contra a própria história da arquitetura universal. Tenho dito”.
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Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema