Às vezes fico pensando: como será que o Lula vai entrar para a história? Entrará como Getúlio, que comandou uma ditadura sangrenta por 15 anos, depois ele mesmo foi o personagem central da ressurreição da democracia? Acusado de corrupção no mandato que o povo lhe confiou pelo voto, decidiu pelo suicídio , deixando a vida para entrar na história. E entrou como pai dos pobres.
E Lula, como será visto daqui a décadas? Será visto como o político que trouxe a esperança ao povo e depois saiu da cena enxovalhado, debaixo de uma sucessiva chuva de acusações de improbidade?
Ou entrará para a história como o presidente que mais avanços sociais trouxe ao país em toda a sua história, tirando o Brasil do mapa da fome e implementando políticas públicas de redução das desigualdades sociais? Meio que à moda Getúlio Vargas, Luis Inácio Lula da Silva chegou a ser classificado de pai dos pobres, mas por outro lado, de mãe dos ricos.
A história não se faz, como diria Reginaldo Dias, no calor da hora. É a história que julgará o líder metalúrgico que virou presidente e a mais expressiva liderança brasileira do final do século XX e início do século XXI. Talvez, não estarei vivo para ver o resultado. Nem eu e nem a esmagadora maioria da nossa geração. Mas assim como a história fez lá sua justiça ao estanceiro Vargas , certamente fará também ao metalúrgico Lula.
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