. Por Mauro Santayana
Surreal
e kafquiana, para dizer o mínimo, a nova investigação em curso para saber se a
Odebrechet teria "beneficiado" Lula fazendo, de graça, consertos na
piscina do Palácio do Alvorada.
"Beneficiado",
como? Lula, agora, virou dono do Palácio do Alvorada? Se a construtora
consertou a piscina do palácio, ótimo. Ela arrumou e valorizou o patrimônio
público. Nesse caso, qual foi o prejuízo para o erário?
Ou o
Sr. Luis Inácio, já acusado antes - sem provas - de "roubar"
crucifixos, faqueiros "fakes", cujas fotos foram tiradas de um site
de leilões dos EUA, etc, saiu com a piscina debaixo do braço, quando deixou de
ser Presidente da República?
Ou
mandou consertá-la para cometer outros crimes, quem sabe para fazer um
"test-drive" nos emblemáticos - e caríssimos, ostentatórios -
pedalinhos do sítio de Atibaia?
No
afã de encontrar crimes que possam ser atribuídos ao ex-presidente da
República, os responsáveis pelo "caso" tem que ter um mínimo de
bom-senso e de sentido de proporção, para não passar ao mundo a impressão de
que estão simplesmente forçando a barra para criar mais um de uma longa série
de factoides políticos, ou simplesmente procurando, com microscópio eletrônico,
pêlo em cabeça de ovo para incriminar o ex-presidente da República.
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