“Sistema de saúde para todos é sonho e seus
defensores são ideólogo e não técnicos”. Palavras do ministro Ricardo Barros em
entrevista ao portal BBC Brasil no último dia 11 de novembro. Aí o ex-ministro
e professor emérito da Fundação Getúlio Vargas, Luiz Carlos Bresser Pereira não
deixou por menos: “Barros é inimigo declarado do SUS”.
Em carta publicada em sua página pessoal do facebook
ele declarou:
“ Pouco lhe importa
que o direito universal à saúde esteja na Constituição. A Constituição, ora a
Constituição… E se não consegue mudar a Constituição nesse ponto, não hesita a
dar todo apoio à Emenda 241, que, afirma contra toda evidência: “Não tem
redução de recursos de saúde com a PEC. Isso não existe, outras despesas
poderão ser reduzidas”. Quais? As despesas com educação? Ou quem sabe o deputado
vai propor uma emenda à emenda, incluindo o gasto com juros, para que estes,
depois, possam ser cortados?
Ao invés, ele informa que tem uma solução para a falta de
recursos. O ministério elabora uma proposta de “planos de saúde acessíveis”,
com cobertura de atendimento reduzida, para o público de menor renda. Ora, já
existem muitos planos de saúde “populares” empenhados em enganar aqueles que os
subscrevem. Planos de saúde podem ser bons para os ricos; para no máximo 15% da
população. Os demais contam com o SUS, que é a maior realização da democracia
brasileira. Atacá-lo, como faz o ministro Ricardo Barros, é tentar realizar o
objetivo doentio da direita neoliberal brasileira: desmontar o Estado Social
que o Brasil construiu desde a Constituição de 1988″.
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