MESSIAS MENDES - Informação e análise, com o máximo de isenção e imparcialidade. Meu compromisso? É nunca afrontar a realidade dos fatos.
30 de dezembro de 2016
29 de dezembro de 2016
Uma reflexão importante e necessária
Combater
a corrupção é fundamental, embora em outros tempos essa era uma disposição que
não existia, nem por parte da Justiça e nem do Ministério Público. O experiente
jornalista Mauro Santayana analisa o outro lado da moeda da operação lava-jato.
É o lado do desmonte de grandes empresas brasileiras da área da construção
civil, que sucumbem ante a transformação de doações de campanha e caixa 2 em
propina, sem levar em conta que o problema não está na empresa A ou B, no
político B ou C, mas em todo um sistema corrompido, este sim, a ser alterado
com a máxima urgência.
O
combate a corrupção, da forma seletiva e de potencialização do ódio como fazem
os procuradores e o juiz Moro, já provocou , segundo Santayana, “um prejuízo ao
país de R$ 140 bilhões, demissão de milhares de trabalhadores, interrupção de
dezenas de projetos na área de energia, indústria naval, infra-estrutura e
defesa, quebra de milhares de acionistas, investidores e fornecedores”.
Não
se trata de aliviar a barra dos executivos e mega empresários presos, mas de
discutir mecanismos que não ocasionem a morte de gigantes da engenharia, que ergueram grandes
obras não só no Brasil mas em vários outros países. “ A engenharia nacional está perecendo. Foi ferida de morte
por um sistema judiciário que pretende condenar, a
priori, qualquer contato entre empresas privadas e o setor público, e
desenvolveu uma Jurisprudência da Destruição de caráter descaradamente
político, que não concebe punir corruptos sem destruir grandes empresas,
desempregar milhares de pais de família, interromper e destroçar dezenas de
projetos estratégicos”, diz Mauro Santayana, que sentencia:
“A engenharia brasileira faleceu,
com seus escritórios de detalhamento de projetos, suas fábricas de bens de
capital, seus estaleiros de montagem de navios e plataformas de petróleo
fechados, suas linhas de crédito encarecidas ou cortadas, seus ativos vendidos
na bacia das almas e seus canteiros de obras abandonados.E o seu sepultamento
está marcado para algum momento de 2017.
Será sacrificada no altar da
estúpida manipulação midiática de factóides econômicos, com atitudes
desastrosas como a antecipação suicida pelo BNDES – em plena recessão – do
pagamento de R$ 100 bilhões ao Tesouro”.
Esse dinheiro colocado no
tesouro, certamente para pagar juros da dívida pública é um dinheiro que
poderia ser imediatamente aplicado em infra-estrutura e que “ vai em troca de
uma insignificante, irrelevante, pouco mais que simbólica redução de 1% na
dívida pública, quando, sem fazer alarde, os dois últimos governos reduziram a
Dívida Nacional Bruta de 80% em 2002 para 67% em 2015, e a Dívida Líquida de
60% para 35% no mesmo período, pagando US$ 40 bilhões devidos ao FMI, e economizando
mais de US$ 370 bilhões em reservas internacionais nos anos seguintes”.
Lendo esse texto maravilhoso do
Santayana, aciono minha santa ignorância para perguntar: por que a grande
imprensa e as redes nacionais de televisão não recuperam o mínimo de senso
ético que tinham no passado e passam a divulgar os fatos como eles realmente
são? Por que o noticiário econômico distorce tanto a realidade fiscal
brasileira, defendendo crimes de lesa pátria como a PEC 55 e a reforma da
previdência proposta pelo governo TEMERário? Por que apóiam o desmonte
criminoso do estado social que está sendo feito ao mesmo tempo em que o governo
impostor fatia a Petrobras e entrega de mão beijada as nossas reservas de
petróleo a multinacionais?
27 de dezembro de 2016
Eis uma prova de que o governo Temer está entregando nossas reservas estratégicas a preço de banana
por Conceição Lemes (Blog Viomundo)
Na última quarta-feira (21/12), a
Petrobras fechou um acordo com a petroleira francesa Total estimado em US$ 2,2
bilhões.
Ele prevê a cessão à Total dos
direitos de exploração destas áreas do pré-sal: 22,5% do campo de Yara e 35% do
campo de Lapa, que começou a operar no dia anterior na Bacia de Santos.
O acordo envolve ainda
compartilhamento de terminal de regaseificação e transferência de fatias em
térmicas, entre outros negócios.
Para a imprensa francesa, a Total
fez um bom negócio com a Petrobras.
O Les Echoes (tradicional
diário francês de economia) destaca (o
negrito é nosso):
Esses campos “guardam reservas
gigantescas de petróleo e o valor pago foi interessante.
(…) as reservas do
grupo francês serão acrescidas de 1 bilhão de barris, a um custo estimado entre
US$ 1,75 e US$ 2,4 o barril. Nas reservas
adquiridas anteriormente pela companhia, o preço do barril custou US$ 2,55.
A Radio France
Internationale, também conhecida como RFI, em matéria
transmitida para o mundo inteiro na sexta-feira, 23 de dezembro , conclui:
“a Total pagou
pouco em relação ao que vai lucrar extraindo o petróleo brasileiro”.
A RFI é uma rádio pública
francesa, com sede em Paris.
O Viomundo conversou com João Antônio de Moraes,
diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), sobre essa repercussão.
Viomundo – O que achou da avaliação da imprensa francesa?
João Antonio de Moraes — Só confirma o que a FUP e os movimentos sociais
veem denunciando há bastante tempo. A gestão Pedro Parente-Michel Temer está
entregando nossas reservas de petróleo a preço vil.
Veja bem. É a imprensa francesa
assumindo que a França está levando grande vantagem em cima do Brasil ao se
apossar de nossas reservas de petróleo a um preço muito aquém do mercado
internacional.
Viomundo – O que significa esse acordo com Total?
João Antônio de Moraes – Perda de soberania energética. Ele fere a nossa
soberania energética, independentemente do preço.
E, mais uma vez, confirma que o
golpe, longe de ser para combater a corrupção, veio para entregar as riquezas
do nosso povo e liquidar os direitos trabalhistas. A questão energia também
estava no centro dos golpes contra Getúlio Vargas e João Goulart.
Viomundo – Explique melhor.
João Antônio de Moraes – Nos anos 50, houve uma tentativa de golpe contra o
presidente Getúlio Vargas. Foi logo após a criação da Petrobras.
Já João Goulart, depois de tomar
posse, havia dito que iria nacionalizar as refinarias de petróleo. Na
sequência, ele foi vítima de um golpe. E a exemplo desses dois golpes, o contra
a presidenta Dilma veio para entregar as nossas riquezas.
Viomundo – Supondo que o preço fosse justo, valeria a
pena vender esses ativos à Total?
João Antônio de Moares – Ainda assim seria ruim para o Brasil, pois o país
perderia controle sobre reservas extremamente estratégicas. As áreas sob o controle
da Petrobras garantem o abastecimento do Brasil. Já sob o controle da Total
garantem o abastecimento da França.
Viomundo – O que fazer?
João Antônio de Moraes — Mais do lamentar, a gente tem que lutar e resistir para
impedir que essa situação continue. E nisso os blogs da imprensa alternativa,
progressista, como o Viomundo, têm um papel importante em
divulgar o que a grande mídia esconde todos os dias.
Um pequeno chega pra lá no grande escárnio
OPOSIÇÃO FRUSTRA PLANO DE DOAÇÃO DE R$ 100 BILHÕES COM DINHEIRO PÚBLICO ÀS TELES
O plano do governo era aprovar a toque de caixa, enfiando goela abaixo do Senado o Projeto de Lei Complementar, já aprovado pela Câmara, que altera Lei Geral de Telecomunicações . Na pratica significa a doação da frequência e bandas para as teles que, somada ao perdão de multas alcança a soma de R$ 100 bilhões. Ou seja, o governo Temer daria essa fábula de presente de Natal às teles, inclusive à falida OI.
Mas aí a oposição, puxada pelo senador paranaense Roberto Requião botou a boca no trombone e foi ao STF. A ministra Carmén Lúcia acatou mandado de segurança e deu 10 dias para que o presidente do Senado Renan Calheiros se explicasse. Fazia parte da estratégia não submeter o assunto ao plenário, que é exatamente o que pedia Requião desde o início. Por tratar-se de assunto explosivo (nitroglicerina pura) o Palácio do Planalto acertou com o ímprobo Renan para tratorar o Senado da República .
Como cachorro picado de cobra tem medo de linguiça, Calheiros achou melhor não bater de frente mais uma vez com a Suprema Corte. E assim a maracutaia de doação de R$ 100 bilhões do patrimônio público às operadoras de telefonia e banda larga vai ter que ser debatida no plenário do Senado quando terminar o recesso parlamentar, com sessões transmitidas ao vivo para todo o país e com as lentes do mundo apontadas para a cara da desfaçatez. Se mesmo assim a maioria dos senadores aprovarem essa indecência, aí meu irmão, pode tirar os olhos, porque é sinal que a classe política brasileira, salvo honrosas exceções, está mesmo chafurdada na lama.
26 de dezembro de 2016
Cadeia só para os corruptos que não têm nossa simpatia, ora pois…
Continuam poluindo as redes sociais , especialmente o facebook, manifestações de ódio contra o PT , e especialmente contra Lula. Na verdade, também acho que Lula deve ser punido, caso haja provas das denúncias que fazem contra ele. Ninguém pode estar acima da lei, nem mesmo que tem o dever de aplicá-la e às vezes extrapolam no direito (e dever) que tem de investigar, sentenciar, punir e absolver.
Também não podem estar acima da lei aqueles que participaram e participam ainda de esquemas escabrosos de corrupção e estão sempre livres, recebendo a todo momento, salvo conduto, da mídia e dos indignados do face. A sujeira do passado não pode continuar sendo varrida para debaixo do tapete e os enlameados de ontem , menos ainda, podem ser apresentados como limpinhos de hoje.
Pombas, o escândalo Banestado foi há pouco mais de uma década, a privataria tucana, que saqueou o país de uma maneira absurda parece que foi ontem e já caiu no esquecimento. As delações envolvendo políticos que sejam de partidos que não o PT, viram pó da noite pro dia, sem intimação, sem oferecimento de denúncia, sem nada.
Como explicar o silêncio obsequioso sobre a citação por delatores de nomes como Aécio, Alckmin, Serra, Padilha, Moreira Franco e o próprio Temer, entre outros? Como achar uma explicação minimamente plausível para a doação escandalosa de R$ 100 bilhões que o governo quer fazer, com apoio da Câmara e do Senado, às teles?
Meu Deus, não é possível que tudo isso esteja acontecendo, e ainda temos que ver pessoas desinformadas , ou se informadas, mal intencionadas, externando sua indignação contra a corrupção no país, mas de forma tão seletiva? Então, os corruptos que merecem ser execrados são apenas aqueles pelos quais não temos nenhuma simpatia? Quer saber, esse show de hipocrisia já deu no saco.
22 de dezembro de 2016
21 de dezembro de 2016
Entidades deverão ir à justiça contra “Plano Ricardo Barros”
. Da
Rede Brasil Atual
Entidades prometem mover ações judiciais contra o governo
de Michel Temer caso ele autorize a venda dos planos, que terão menor preço,
mas com restrições de serviços e atendimentos
Gestores e especialistas em saúde não acreditam no
sucesso do chamado Plano de Saúde Popular que está em estudo pelo governo
Temer. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e a Associação Brasileira de
Saúde Coletiva (Abrasco) prometem mover ações judiciais contra o governo de
Michel Temer caso ele autorize a venda dos planos.
Segundo o Idec, o Plano de Saúde Popular tornaria pior a
cobertura mínima atual exigida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS). "O valor de um plano de saúde de 80 reais sequer a consulta médica
deve ser paga. Então, ele vai ser afetado certamente no volume de consultas, no
tempo de espera para uma consulta, para um exame ou cirurgia, inclusive,
emergencial", afirma a coordenadora do Idec, Elici Bueno, em entrevista à
repórter Vanessa Nakasato, da TVT.
Na semana passada o grupo de trabalho – formado pelo
Ministério da Saúde e entidades ligadas às operadoras de planos de saúde –
entregou para a pasta as propostas para a criação do plano popular.
O plano permite que os procedimentos básicos e
obrigatórios não sejam oferecidos aos clientes e autoriza a criação de
contratos com coparticipação – modelo em que o usuário, além da mensalidade,
paga parte das despesas da operadora com consultas e exames. Além disso, o
adiamento de cirurgias programadas mudou de 21 dias para 45 dias e o prazo para
a marcação de consulta com médicos especialistas será ampliado de 14 para 30
dias.
O argumento do ministro da saúde, Ricardo Barros, é de
que o Plano de Saúde Popular desafogaria o SUS, que sofre com a falta de
recursos. A secretária de Saúde de São Bernardo do Campo, Odete Gialdi, rebate
e diz que a população continuará precisando da saúde pública, já que o plano
proposto não cobrirá tratamentos caros e complexos.
"Vai provocar um acesso desigual, as pessoas vão
chegar no sistema querendo entrar por uma outra porta. Esse projeto vai
impactar o sistema público de saúde naquilo que é mais caro, que é a média e
alta complexidade e o serviço de urgência", diz a secretária.
As especialistas afirmam que as únicas a serem
beneficiadas pelo plano de saúde do governo serão as operadoras, que já
movimentam 125 bilhões de reais por ano e são beneficiadas por isenções
tributárias, mas perderam ultimamente dois milhões de clientes. "Nós vamos
ter mais um projeto que não resolve o acesso, não produz mais saúde e não ajuda
a resolver os problemas de saúde da população brasileira."
Governo Temer quer reduzir trabalhador a extrato de pó de bosta
O governo Temer está anunciando a oficialização, que deve se dar por Medida Provisória, de uma tal “jornada de trabalho flexível”. O argumento é o do estímulo à economia, por meio de facilidades para a contratação de mão de obra, sobretudo nos setores de comércio e serviços.
Seria, na prática, a contratação por hora trabalhada, com jornada móvel, a ser determinada ao bel prazer do empregador. Ou seja, o empregado fica como um joguete, à disposição para trabalhar nos horários que forem convenientes à empresa e não a quem labora. Ou seja, não haverá equilíbrio nas relações de trabalho. Seria uma versão moderna da escravidão.
Além disso, o governo deve aproveitar a mesma MP para aumentar o prazo do contrato temporário de trabalho, de 90 para 190 dias com prorrogação de mais 45 dias. Eis aí outra grande sacanagem, porque o argumento de aumentar o nível de empregabilidade é furado, como já está mais do que provado .
Iniciativas de flexibilização de jornada de trabalho nunca resultaram em mais vagas de trabalho, resultaram sim em supressão de direitos. Quem acha que isso é bom para a economia, para a saúde financeira das empresas está redondamente enganado. Afinal, a fragilização do emprego significa menos poder de compra da classe trabalhadora, que é onde está a grande demanda por produtos básicos que a indústria produz e o comércio vende.
Na esteira dessa MP desastrosa , e malandra, deve vir a terceirização. Este será outro grande golpe que darão no trabalhador brasileiro.Na calada da noite, a Câmara Federal aprovou dia desses o projeto de terceirização, inclusive de atividades fim. O projeto, que nasceu da cabeça de um parlamentar da pior espécie, chamado Sandro Mabel , foi para o Senado, mas apesar do esforço de senadores como Paulo Paim , do Rio Grande do Sul e Roberto Requião, do Paraná, vai acabar passando pela câmara revisora também.
A terceirização vinha se arrastando no parlamento brasileiro há 18 anos. Mas como diz o caboclo “porteira que passa um boi passa uma boiada”, agora a porteira se abriu de vez e a casa grande está vindo com uma fúria assustadora pra cima da senzala.
Como parar essa verdadeira tsunami que desce do planalto para arrasar a planície? As centrais sindicais estão atônitas, sem poder de reação. Não há que negar a existência de centrais pelegas, mas nesse momento em que todas podem ser varridas do mapa se continuarem de braços cruzados, é incompreensível a divisão.
Principalmente a CUT, que é a mais poderosa de todas, está se limitando a manifestações isoladas e até fazendo questão de se afastar das demais , como se fosse vestal, na tentativa que algumas fazem para tentar se contrapor ao desastre a partir de lobby no Senado da República.
Uma coisa é certa: se os trabalhadores não puderem contar com as centrais sindicais nessa hora, podem apostar: os direitos sociais sacramentados via Constituição de 1988 vão mesmo para o vinagre. Vide, por exemplo casos da PEC 55 e da reforma da previdência, instrumentos que o governo ilegítimo de Michel Temer tem em mãos para recolocar o Brasil no mapa da fome. Infelizmente, esta é verdadeiramente, a crônica de uma tragédia anunciada.
Tenho dito!!!
Tenho dito!!!
17 de dezembro de 2016
FHC renega, mas o PSDB coça o coldre
O ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE já anunciou que deve colocar em pauta para julgamento na corte o pedido do PSDB de cassação da chapa Dilma-Temer lá para fevereiro. No momento os tucanos fingem ajudar a salvar o presidente impostor, mas não deixam de estar de olho na hipótese de uma eleição indireta para o mandato tampão que vai até 31 de dezembro de 2018. O nome dos tucanos é Fernando Henrique, que não se cansa de dizer publicamente que não quer. Quem desdenha quer comprar, já dizia minha avó paterna, dindinha Joana. Mas a sabedoria popular é mais profunda: "quem renega satanás reconhece a sua existência" .
16 de dezembro de 2016
É uma feijoada ou é um porco?
. Do Blog do Mello
Temer e o ex-deputado Eduardo Cunha teriam se encontrado com o presidente da Odebrecht Engenharia, do grupo Odebrecht, em 2010 para acertarem a entrega de propina para o PMDB em troca de vantagens para a Odebrecht. Naquela época, foi assinado um contrato de 1 bilhão de reais com a empresa. Coincidência?
Curiosamente, uma das perguntas que o ex-deputado Eduardo Cunha fez para serem endereçadas ao atual presidente Temer, e que seria utilizada por sua defesa, tratava do assunto, mas foi censurada pelo juiz Sérgio Moro. Coincidência?
Pelo visto, basta seguir a trilha das perguntas censuradas por Sérgio Moro para descobrirmos o caminho das propinas a Temer. E são vinte e uma.
Se isso não é uma feijoada, é um porco.
Temer e o ex-deputado Eduardo Cunha teriam se encontrado com o presidente da Odebrecht Engenharia, do grupo Odebrecht, em 2010 para acertarem a entrega de propina para o PMDB em troca de vantagens para a Odebrecht. Naquela época, foi assinado um contrato de 1 bilhão de reais com a empresa. Coincidência?
Curiosamente, uma das perguntas que o ex-deputado Eduardo Cunha fez para serem endereçadas ao atual presidente Temer, e que seria utilizada por sua defesa, tratava do assunto, mas foi censurada pelo juiz Sérgio Moro. Coincidência?
Pelo visto, basta seguir a trilha das perguntas censuradas por Sérgio Moro para descobrirmos o caminho das propinas a Temer. E são vinte e uma.
Se isso não é uma feijoada, é um porco.
15 de dezembro de 2016
É duro dar razão a ele, mas nessa estou com Gilmar Mendes
O ministro Luiz Fux cancelou, por liminar
monocrática, uma decisão da Câmara Federal e mandou que os deputados rediscutam
e aprovem o projeto anticorrupção tal
qual foi enviado com dois milhões de assinaturas pelo Ministério Público.
Tudo bem que a Câmara Federal pisou na bola, mas
cabe ao Senado corrigir os erros cometidos por deputados, alguns imaturos e
outros mal intencionados. Não é preciso
ser jurista para saber que a decisão de Fux desqualifica , não parlamentares
desqualificados, mas a instituição. E, bem o mal, o Poder Legislativo é imprescindível
na democracia. A ingerência de um poder
sobre outro é ruim para o país.
Não gosto do ministro Gilmar Mendes, sempre
criticados pelos próprios colegas, mas nessa tirada irônica de que “Fux deveria fechar o Congresso e entregar
a chave à Lava-Jato” ele tem razão.
13 de dezembro de 2016
Orgia dos poderes institucionais
Por Jânio de Freitas (Folha de
São Paulo)
Aproveite: nenhum dos seus
antepassados teve a oportunidade de testemunhar um nível de maluquice dos
dirigentes nacionais como se vê agora.
O passado produziu crises de
todos os tipos.
O presente, porém, não é, na sua
originalidade, uma crise a mais. É um fenomenal desvario.
Uma orgia dos poderes
institucionais, tocada pela explosão de excitações da mediocridade e da
leviandade brasilianas.
O ministro Celso de Mello cobrava
ontem, no Supremo Tribunal Federal, a nossa “reverência à lei fundamental”, à
Constituição, e “aos Poderes da República”.
Qual dos próprios Poderes faz tal
reverência?
Ilegalidades são neles aceitas, e
aproveitadas, inclusive como normas.
A exemplo do custo, em
“benefícios”, de cada congressista, sem sequer a contrapartida de obrigações
rígidas na função parlamentar; ou dos descaminhos processuais no Judiciário,
nos quais o desprezo de prazos é sempre a negação da justiça merecida por uma
das partes; ou da ilegitimidade de um Executivo que entregou parcelas
importantes do seu poder a corruptos históricos, sem sequer despertar a
administração sonolenta.
É essa natureza despudorada imposta às instituições que se eleva
agora ao paroxismo.
E rompe as barreiras restantes,
mais aparentes que reais, na confrontação que disputa hierarquia e
predominância entre os Poderes.
Presidente do Supremo, a ministra
Cármen Lúcia tem ilustrado a explosão com intervenções cíclicas talvez
apropriadas, nas circunstâncias, mas inesperáveis.
Já na posse, concitou os
integrantes do Judiciário à união porque “unidos seremos mais fortes”.
NA INTENÇÃO DE
força
estava implícita a ideia de combates não perceptíveis nas perspectivas do
Supremo e do Judiciário.

Muito ao contrário, em um e em
outro depositavam-se esperanças de solução mansa e inteligente para muitas das
aspirações e frustrações da cidadania.
Em seguida a informar-nos que “o
papel da Justiça é pacificar”, os modos suaves e o conceito de serenidade judicial
da ministra nos trazem, como a erupção de profundezas ígneas, um brado
alarmante: (…) “o Estado democrático previsto tem sido, ou parece ser até aqui,
nossa única opção. Ou a democracia ou a guerra”.
Completou-se o chamado à união do
Judiciário para se tornar mais forte, mas a alternativa apresentada pelosAUTORES
do impeachment, e pelo alheamento do
Supremo na ocasião, não tinha duas hipóteses.

Faz lembrar o madrilenho “No
passarón”, de La Passionaria.
Seria uma conclusão da presidente
do Supremo sobre o presente conflitivo? Uma proposta? Alguma nostalgia, talvez?
Ininteligível.
Sobretudo diante do que se
constata: Renan Calheiros desafiou o Supremo e venceu –o que não deve ser
exemplo para nenhum cidadão, por mais honra e razão que tenha.
A lógica das guerras e dos
privilégios é complexa demais para os não beneficiários.
No reino das extravagâncias
institucionais, nãoCABE ESPERAR UM
encaminhamento razoavelmente saudável.

Os que me desancaram quando
escrevi que a crise passava de política a institucional afiem, agora, os
insultos: se ainda vale alguma coisa o que testemunhei, o carnaval
institucional está muito perto de capítulos dramáticos.
Tomara que ao menos
não passem a trágicos.
12 de dezembro de 2016
A insensatez que aprofunda o caos
O PIB encolheu 4,4%
em relação a 2015 neste ano da turbulência política em que o Congresso
Nacional cassou uma presidente eleita. Mas o presidente que assumiu, fruto de
uma trama parlamentar arquitetada por ele próprio , que era o vice, não parece
estar nem aí com os problemas sociais que sua política de ajuste fiscal
provoca.
No chamado mundo
desenvolvido, Europa à frente, a preocupação do momento é com o crescimento da
pobreza e a necessidade urgente de implementar políticas de incentivo aos
investimentos produtivos como forma de conter o desemprego, ao mesmo tempo em
que países como a Finlândia e a Inglaterra lançam mão de políticas
compensatórias para minimizar os efeitos dramáticos da estagnação econômica.
Aqui, andando na
contramão da história, o governo TEMERário já cancelou 1,12 milhões de Bolsa
Família e igual cifra de benefícios da
Previdência, entre auxílio doença e aposentadoria por invalidez. Isso sem levar
em conta que o Bolsa Família auxilia na manutenção dos mais pobres mo mercado
formal de trabalho, o que segundo especialistas do Instituto Internacional de
Políticas para o Crescimento Inclusivo
(órgão da ONU), ajuda no fortalecimento das fontes de receita da
Seguridade Social.
Tudo parece que
tente a piorar com a aprovação (e sanção) da PEC 55, que limita teto de gastos
do governo , significando na prática o congelamento dos orçamentos da Educação,
da Saúde e da Segurança Pública. Enfim, esta é a crônica do caos anunciado, que
desenha no horizonte , os contornos da convulsão social no Brasil.
11 de dezembro de 2016
O governo Temer derrete. Será que chega a 2018? Duvido
. da coluna Painel (Folha de São Paulo)
Recordar é viver Já tem partido da base fazendo as contas de quando será o melhor momento para desembarcar da gestão Michel Temer. Até habitués do Planalto passaram a incluir em seus cálculos políticos o fator Odebrecht. Ninguém — nem mesmo aqueles ainda fiéis — aposta na melhora do ambiente depois dos tiros contra a cúpula palaciana. Aliados começam a reclamar do governo em escala semelhante às queixas que eram feitas à petista Dilma Rousseff no início da crise que a destituiu.
Uma atrás da outra O escândalo que afastou Geddel Vieira Lima do governo atiçou descontentes. A avaliação é que, conforme os detalhes da delação venham a público, o grupo a favor do presidente perca argumentos.
Abraço de afogado De todos os tucanos mais emplumados, Geraldo Alckmin é único cacique que vem mostrando maior resistência ao aprofundamento do matrimônio entre PSDB e PMDB.
Vai que eu vou depois O governador de SP ponderou em reunião recente que é preciso haver distância regulamentar do aliado — ou o partido será arrastado pela crise junto com o governo.
Deixa lá O Ministério da Fazenda não é entusiasta da ideia aventada no Planejamento de liberar parte do FGTS para que brasileiros quitem empréstimos com bancos. Avalia que o fundo — poupança do trabalhador — não pode ser desvirtuado.
Ixi A pasta tampouco vê com bons olhos a redução do compulsório — recursos que os grandes bancos depositam no BC — para aumentar a oferta de crédito na praça.
Arroz com feijão Na avaliação interna, a melhor medida para elevar o crédito e reduzir o nível de endividamento de famílias e empresas é a baixar Selic — só possível com a inflação controlada.
Corra, Temer, corra O Planalto espera que, em um “calendário duro”, o Senado aprove a Previdência em dois meses. Se a Câmara honrar o cronograma e passar aBOLA
até junho, a PEC poderia ser promulgada em outubro.

Só milagre Aliados reclamaram da tímida ofensiva do governo para defender a reforma na mídia. Ocorre que a campanha publicitária custou R$ 12 milhões, um terço do que Dilma gastou para alardear suas medidas fiscais.
Voz da experiência O ex-presidente Fernando Collor vai lançar o livro “Réplica para a História: Uma Catarse”, em que reúne discursos e artigos sobre o processo de impeachment vivido por ele em 1992 e o enfrentado por Dilma Rousseff em 2016.
Quem sabe sabe Para o hoje senador pelo PTC, a comparação mostra “o grau de prejulgamento” que ocorreu há 14 anos. “O rito era o mesmo; o ritmo, o rigor e, agora, o remate, não. O Senado praticamente decretou a inexistência da lei no Brasil”, escreve na quarta capa.
Deixa comigo O deputado Sergio Zveiter, que deve presidir a comissão da reforma da Previdência, é também o mais cotado para relatar a medida provisória das concessões. Ele é do PMDB do Rio, assim como Moreira Franco, secretário da área.
Dia do fico Os líderes na Câmara esbravejam, mas já tem presidente de partido do centrão dizendo, em rodas de conversa, ver com bons olhos a candidatura de Rodrigo Maia (DEM) à reeleição.
10 de dezembro de 2016
Chemem o Geddel, chamem o Geddel!!!
A versatilidade é a
mãe do progresso. Não poderia ser melhor, nosso ministro-chefe da Casa Civil é
transversal. Vai de norte a sul em um único dia: é acusado de grilagem no Rio
Grande do Sul e de crime ecológico e escravidão no Mato Grosso. Maluf está
envergonhado, humilhado. Perde de longe! E xingavam o Geddel só por causa de um
apartamentozinho de nada que colocaram no lugar errado. Chamem o Geddel de
volta. É uma questão de justiça.
. Rogério Cerqueira Leite
8 de dezembro de 2016
Se a Justiça não é por nós quem por nós será, senão Deus?
COM APOIO TOTAL DA GLOBO E DOS COXINHAS QUE FORAM ÁS RUAS GRITAR "FORA RENAN!", RENAN FICA , MAS OS "INDIGNADOS" NÃO HAVERÃO DE SE IMPORTAR COM A JOGADA FEITA PARA A APROVAÇÃO DA PEC 55 E PELA RECOLOCAÇÃO DO BRASIL NO MAPA DA FOME.
Domingo os coxinhas foram às ruas gritar “fora Renan!”. Mas o governo viu logo que se Renan caísse assumiria o vice-presidente do Senado, Jorge Viana, do PT. E aí a PEC da morte correria risco. A Globo puxou com seu noticiário sacana o coro de execração de Renan, mas diante da possibilidade da PEC 55 ser travada no Senado, imediatamente apoiou o governo Temer no “fica Renan!”.
O problema não é a decisão do colegiado do Supemo em manter Renan, embora lhe tirasse da linha sucessória . O problema, já denunciado por diversos senadores da oposição , é que o julgamento de hoje fez parte de um acórdão com o Planalto pela aprovação da PEC maldita e na seqüência , pela viabilização de outras propostas de retirada de direitos sociais e trabalhistas.
Aprovada a Proposta de Emenda Constitucional 55, virá em seguida a reforma da previdência, que deverá, com perdão do mau gosto da ironia, instituir o atestado de óbito como documento básico para se requerer aposentadoria daqui para a frente.
O problema não é a decisão do colegiado do Supemo em manter Renan, embora lhe tirasse da linha sucessória . O problema, já denunciado por diversos senadores da oposição , é que o julgamento de hoje fez parte de um acórdão com o Planalto pela aprovação da PEC maldita e na seqüência , pela viabilização de outras propostas de retirada de direitos sociais e trabalhistas.
Aprovada a Proposta de Emenda Constitucional 55, virá em seguida a reforma da previdência, que deverá, com perdão do mau gosto da ironia, instituir o atestado de óbito como documento básico para se requerer aposentadoria daqui para a frente.
5 de dezembro de 2016
Com ele os planos de saúde vão nadar de braçada
. Da revista Carta Capital
O atual ministro e seu partido, o PP, tiveram suas campanhas financiadas por
empresários e operadoras de planos de saúde. Em 4 de agosto de 2016, por meio
da Portaria Nº 1.482, instituiu-se um grupo de trabalho para discutir e
elaborar um projeto de criação de planos de saúde populares.
Tal medida visa aumentar o lucro
dos empresários de um setor que apresenta um faturamento anual na casa dos R$
100 bilhões e funcionará como uma verdadeira “arapuca” para os usuários.
A armadilha está no oferecimento de
uma cobertura menor, por meio da alteração da lei nº 9.656, de 3 de junho de
1998, que regula os planos, e da redução do rol de procedimentos que constitui
a cobertura mínima obrigatória oferecida pelos planos privados aos usuários.
3 de dezembro de 2016
Livre pensar...
Os deputados federais agiram na calada da noite e, aproveitando o clima de comoção com a tragédia da Chapecoense, desossaram o projeto encaminhado pelo Ministério Público para apreciação do Congresso Nacional. Nem vem ao caso questionar se o PL necessitava de reparos ou não, embora eu entenda que precisava passar por um longo processo de discussão no Parlamento Brasileiro.
Mas vamos e venhamos: nenhum deputado, nenhum senador chegou lá com votos de marcianos. A nossa cultura é a cultura do levar vantagem. É injusto generalizar, nem no que diz respeito às pessoas comuns e nem a seus representantes. O que o país tem que fazer é se olhar no espelho, fazer uma reflexão profunda sobre a escala de valor predominante no nosso meio. Qual a diferença do parlamentar que recebe propina do cidadão que tenta subornar o guarda? Do sujeito (ou a sujeita) que fura uma fila, que fura o sinal vermelho? O que difere o gestor público corrupto do sindico ou do presidente de associação de bairro desonesto?
Enfim, o país precisa mesmo se olhar no espelho, passar-se a limpo, se depuar. Se não for assim, não adianta a gente ficar aqui esculhambando fulano e sicrano. Combater a corrupção temos que combater sempre, incessantemente, mas o que precisamos combater fundamentalmente é a cultura da corrupção, começando também por analisar melhor os candidatos que elegemos para todas as instâncias de poder. A crítica pela crítica, o esculacho pelo esculacho, a manifestação rasa de ódio contra A ou B, o ato de enrolar o rabo e sentar em cima, não vão nunca levar o país a lugar nenhum.
A ação firme da justiça, punindo quem rouba o dinheiro público com a dureza da lei, é indispensável. Mas a atuação de juízes e promotores, o comportamento da mídia e da população como um todo diante dos mal feitos, não pode se enveredar pelo campo do ódio, da vendeta, Não pode haver seletividade nas punições e nem nos protestos. Se todos são iguais perante a lei, então que sejam todos mesmo. E ainda que um erro não justifique o outro, é criminoso o esquecimento em que são jogados escândalos de ontem, como se fosse possível uma sociedade avançar no campo da moralidade e da ética, simplesmente passando uma borracha no seu passado recente.
1 de dezembro de 2016
Uma historinha para o Ulisses ler na cama
Dá pra imaginar quantos novos amigos Ulisses Maia conquistou depois que se elegeu. Muitos continuam na expectativa de ser convidados para um cargo de relevância na próxima administração municipal de Maringá. Não sei como o prefeito está administrando os assédios, mas acho que ele , hábil como é, deve estar se valendo da velha escola política mineira que tinha em Tancredo Neves um dos seus maiores expoentes. Conta o historiador Ronaldo Costa Couto:
“Quando Tancredo estava formando sua equipe de governo em Minas, um deputado fez o diabo para ser secretário de Estado. Qualquer secretaria servia. Saiu dizendo aos quatro ventos e plantando notas na imprensa que tinha sido sondado. Depois se promoveu a convidado. Acabou citado em todas as listas de secretariáveis. Mas os dias passavam, e nada da confirmação do governador. Na semana da posse, aflito, foi a Tancredo.
– Governador, não sei mais o que fazer. Há dias que os jornalistas, os amigos, minha família toda, e até os adversários não param de me perguntar se vou ou não vou ser seu secretário. Já estão até ironizando. Não quero constrangê-lo, mas não sei mais o que dizer…
– Diga que convidei e você não aceitou”.
No apagar das luzes de sua administração, o prefeito Pupin aplica um golpe baixo no meio-ambiente
Não sei se este será o único ou
apenas um dos decretos de autorização de loteamentos irregulares, que atentam
contra o meio ambiente no município de Maringá. Publicado no Diário
Oficial de número 2590 o decreto 1476 , assinado pelo prefeito Roberto
Pupin no último dia 16 , autoriza a Secretaria Municipal de Planejamento e
Urbanismo a analisar e aprovar projetos de parcelamento do solo na
Macrozona Rural de Proteção de Manancial. Na prática, abre caminho para
loteamentos rurais sobre bacias hidrográficas, a começar pelos ribeirões
Morangueiro e Sarandi.
Tudo bem que o decreto manda
preservar as reservas legais, as matas ciliares e a biodiversidade, mas até os
pernilongos dos fundos de vale mal cuidados sabem que a qualidade
dos recursos hídricos do município, que já não é boa, tende a ficar ainda pior,
com poluição irremediável. Falando o português claro: o que o prefeito em fim
de mandato fez foi abrir a porteira para a especulação imobiliária sobre as
bacias hidrográficas do município. É caso para a Promotoria Especial do Meio
Ambiente.
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