OPOSIÇÃO FRUSTRA PLANO DE DOAÇÃO DE R$ 100 BILHÕES COM DINHEIRO PÚBLICO ÀS TELES
O plano do governo era aprovar a toque de caixa, enfiando goela abaixo do Senado o Projeto de Lei Complementar, já aprovado pela Câmara, que altera Lei Geral de Telecomunicações . Na pratica significa a doação da frequência e bandas para as teles que, somada ao perdão de multas alcança a soma de R$ 100 bilhões. Ou seja, o governo Temer daria essa fábula de presente de Natal às teles, inclusive à falida OI.
Mas aí a oposição, puxada pelo senador paranaense Roberto Requião botou a boca no trombone e foi ao STF. A ministra Carmén Lúcia acatou mandado de segurança e deu 10 dias para que o presidente do Senado Renan Calheiros se explicasse. Fazia parte da estratégia não submeter o assunto ao plenário, que é exatamente o que pedia Requião desde o início. Por tratar-se de assunto explosivo (nitroglicerina pura) o Palácio do Planalto acertou com o ímprobo Renan para tratorar o Senado da República .
Como cachorro picado de cobra tem medo de linguiça, Calheiros achou melhor não bater de frente mais uma vez com a Suprema Corte. E assim a maracutaia de doação de R$ 100 bilhões do patrimônio público às operadoras de telefonia e banda larga vai ter que ser debatida no plenário do Senado quando terminar o recesso parlamentar, com sessões transmitidas ao vivo para todo o país e com as lentes do mundo apontadas para a cara da desfaçatez. Se mesmo assim a maioria dos senadores aprovarem essa indecência, aí meu irmão, pode tirar os olhos, porque é sinal que a classe política brasileira, salvo honrosas exceções, está mesmo chafurdada na lama.
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