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É namoro ou amizade?


O ministro da Saúde Ricardo Barros vem percorrendo o Estado para liberar, em ritmo de campanha política, recursos dos SUS a que os municípios e os respectivos consórcios regionais tem direito. Mas a julgar pela liberação feita em Curitiba, onde faltou novidade e sobrou demagogia , o ministro está fazendo cortesia com chapéu alheio, ou seja, soltando foguete e aplaudindo a si mesmo por cumprir a obrigação. “Tentarei ser o mais didático possível para que não restem dúvidas sobre a coletiva, na manhã desta segunda-feira, do governador, ministro da saúde e o prefeito para anunciar “novos” R$ 77 milhões em recursos para saúde de Curitiba. Dos R$ 77 milhões anunciados, apenas R$ 62 mil representam alguma novidade”, escreveu em sua página do Facebook o ex-prefeito da capital Gustavo Fruet.
Ainda não estamos em ano eleitoral, mas os políticos que querem renovar seus mandatos em 2018 ou conquistar novas cadeiras, para si e para os seus, já começam 2017 com a corda toda. Vejam o caso do governador Beto Richa, que hoje liberou R$ 429,8 milhões aos 399 municípios do Paraná, referente a uma cota extra do ICMS. Muito desgastado por conta da perseguição ao funcionalismo estadual e da gestão desastrosa que marca seu segundo mandato, o governador vai ser presença constante na mídia estadual doravante, como forma de tentar recuperar a credibilidade perdida, fazer o sucessor e conquistar uma cadeira no Senado.
Os dois vão estar do mesmo lado? Pode ser, pode não ser. Ricardo pensa em ter a esposa Cida como futura governadora. E a terá a partir da desincompatibilização de Beto lá para abril de 2018. Mas dificilmente ela será a candidata oficial, já que o tucano costura uma aliança com Osmar Dias. E ele sabe mais do que ninguém que Ricardo Barros só fica do lado que possa lhe garantir amplas vantagens. Vantagens que terá com Beto caso ele avalie que a sua atual vice pode terminar esse mandato como governadora mas garantindo a ele Beto, a força da máquina na campanha.
Tudo pode acontecer entre esses dois, inclusive um noivado e um novo casamento. Ainda que o irmão de Álvaro seja o candidato de ambos, Ricardo não deixará seu apoio barato: terá participação direta num eventual governo Osmar Dias. E, fazendo jus ao apelido de leitão vesgo, jogará sua rede na direção do outro candidato igualmente forte. Assim, quem quer que venha a ser o futuro governador do Paraná ele estará com seu grupo , bonito na foto. RB, todos sabem é um político invertebrado.

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Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema