Eu e o jornalista Luis Carlos Rizzo fomos alunos do professor Dalto Moro (+) no curso de Estudos Sociais da UEM. Era rígido, metódico , bom professor de geografia, diga-se de passagem. Mas nutria um certo ódio dos movimentos estudantis que atuavam dentro da instituição, lutando, por exemplo, contra o ensino pago nas universidades públicas.
Ele tinha urticária quando alguém lhe falava de PT, que estava surgindo naquela época. Lembro como torcia a cara para as estrelas que o Jairo de Carvalho (um dos fundadores do PT em Maringá) desenhava, inclusive na sua carteira. Mais tarde, o professor Dalto veio a ser um dos dirigentes do PSDB em Maringá. Suponho que na época em que ele foi professor da gente (final dos anos 70, início dos 80), Sérgio Moro era apenas um menino.
Só como registro , já que Sérgio Moro está na moda, reproduzo trecho de um interessante relato do Rizzo, espécie de testemunha ocular dessa história: “ Certa vez, ao perceber que o dono de uma locadora de vídeos (meu amigo Moisés Testi) era lulista, o pai de Moro, excessivamente irado, pediu para Moisés encerrar sua conta, praguejou contra o gente finíssima Moisés e nunca mais pisou na Video Inverso, a maior locadora de filmes de Maringá e que era localizada quase na área central. Moro, como se percebe, herdou essa obsessão política do pai em "exterminar" esquerdistas”.
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