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A quem interessa essa guerra de babuínos?


Ciro critica o PT, o PT critica Ciro. O Partido dos Trabalhadores quer para si o monopólio da esquerda e para deixar claro que nenhum outro candidato cisca no terreiro do Lula, afaga Manoela e Boulos e joga Ciro no colo da direita. Asfixiado, o ex governador do Ceará não procura, mas também não descarta o DEM e nem o PP. Enquanto isso, o PMDB mantém a pré-candidatura do cadavérico Henrique Meireles, que segue quase sem pontuar, e cada vez mais praguejado por quem vê nele o legítimo representante do triunvirato que domina a economia brasileira, cuja sigla é BIS – Bradesco, Itaú e Santander.

Marina, sempre esquálida politicamente e num partido que é zero em densidade eleitoral, segue na segunda colocação, num cenário sem Lula e que tem Bolsonaro na liderança. Trocando tudo isso em miúdos, a leitura a ser feita desse quadro, traz mau agouro ao país. O campo progressista, que tem o PT como principal protagonista, caminha para as eleições cheio de fissuras, aprofundadas cada vez mais por um radicalismo pueril.

A conseqüência disso é que a esquerda brasileira, que como já se disse, não consegue se unir nem no câncer, vai dando campo para a ultra-direita avançar com Jair Bolsonaro. A julgar pela fotografia eleitoral do momento, Bolsonaro estará no segundo turno, mas contra quem ainda não se pode prever. O fã incondicional do coronel-torturador Brilhante Ustra, torce para ter o Partido dos Trabalhadores como adversário principal, porque avalia que polarizar com Lula ou com quem ele indicar, pode ser o passaporte para a vitória.

É difícil, mas é uma possibilidade que não pode ser desconsiderada. E de tão perigosa que é para o Brasil, necessário se faz que os partidos que se identificam com o centro e com a esquerda, tomem tento e parem com essa estúpida guerra de babuínos. Ou sentam pra conversar e tratam logo de reforçar a tão sonhada Frente Ampla, ou vão acabar carregando para sempre sobre os ombros, o peso de uma eventual eleição de um aventureiro, certamente ainda pior do que foi Fernando Collor. Que Deus tenha piedade de nós.

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