O clima para a governadora Cida Borgheti tem sido de
festa desde que assumiu a titularidade do cargo. Muitos cumprimentos, abraços e
agradecimentos, sobretudo de prefeitos, pela dinheirama que Sua Excelência tem
repassado aos municípios. E, surfando nessa onda de loas, ela percorre o Estado
para inflar o balão da campanha pela reeleição.
A partir dessa semana, no entanto, a governadora
começa a enfrentar alguns probleminhas que a obrigará a sair um pouco da zona
de conforto. A pendenga que deverá enfrentar é a revolta do funcionalismo
público que busca recomposição salarial e a volta da data base que o
ex-governador Beto Richa alterou unilateralmente.
Liderados pelos professores, os servidores estaduais
vão, primeiro, tentar negociar com a governadora a volta da data base e uma
pauta de recomposição de perdas salariais, que chegam a 12% , só nos dois
governos de Beto Richa, o último com participação direta de Cida, na condição
de vice-governadora.
Portanto, a governadora não pode dizer agora a defasagem
não é problema seu. Se tentar lavar as mãos e não der solução para o problema,
terá que conviver com greves e acampamentos no Centro Cívico, o que não é nada
bom para quem disputa uma eleição para se manter no cargo. Alegar que o governo
está sem caixa para atender a pauta de reivindicações dos servidores , não
cola, porque as entidades representativas das diversas categorias profissionais
do quadro próprio, tem levantamentos técnicos que provam o contrário. Além de
que, a governadora tem se mostrado muito “generosa” com os prefeitos na distribuição
de verbas, com fins indisfarçavelmente eleitoreiros.
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