Bolsonaro tem uma rejeição recorde na história de candidatos a presidente eleitoralmente viáveis; o PT vê subir, meio assustado, a rejeição à sigla e ao seu principal líder. O resultado disso é a polarização de dois extremos, que coloca o Brasil diante do risco de termos uma eleição decidida entre os de maior rejeição e não necessariamente entre quem tem capacidade maior de seduzir o eleitor por suas propostas. É uma contradição que não nos permite prever para que lado o Brasil será conduzido a partir de 2019. Boas perspectivas é tudo o que não temos no atual momento em que assistimos a população se encantar pelo discurso fascista de um ex-capitão do Exército, cujo despreparo é evidente.
Estamos na reta final do primeiro turno e a pesquisa Ibope não dá indicativo de que possa surgir uma surpresa daqui até domingo. Por mais que Ciro Gomes apareça nas simulações de segundo turno como o único candidato que vence tanto Bolsonaro quanto Haddad, ele se mostra estacionado , com chances remotas de chegar lá.
Restará a Ciro e a Alckmin, que tenta recuperar os votos que perdeu para bolsonaro, o debate de quinta-feira na Globo, certamente com audiência maciça. Para que haja alguma influência, é preciso que qualquer um desses dois tenha um desempenho extraordinário e os dois da ponta, desempenho pífio. Se é que Bolsonaro vai aparecer, o que duvido muito.
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