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A pergunta que não quer calar: QUE PAÍS É ESTE?


A VALE É UM EXEMPLO CLARO DE QUE ALGUMAS PRIVATIZAÇÕES SÃO LESIVAS AO PAÍS E PORTANTO, CRIMINOSAS

Olha só: a Vale exportou quase 100 milhões de toneladas de minério de ferro extraído de Carajás em 2017 . Faturamento: R$ 20 bilhões. Sabe quanto o Estado do Pará recebeu em ICMs por conta dessa montanha de dinheiro? Míseros R$ 30 milhões.
Apesar de tanto lucro, a Vale (que foi vendida a preço de banana no governo FHC - U$ 3,8 bilhões) surge agora como a maior sonegadora de impostos do país e a empresa que mais tem dinheiro num paraíso fiscal de nome Suiça. Quem denuncia não é nenhum partido de esquerda, não. As informações são do Instituto de Justiça Fiscal , organização formada por economistas e auditores da Receita Federal, segundo matéria publicada hoje pala Folha de São Paulo e portal UOL.
“A mineradora Vale usou uma manobra comercial para deixar de pagar pelo menos R$ 23 bilhões em impostos nas exportações de minério de ferro entre 2009 e 2015”, informa a Folha.
Dá pra entender então, porque a Vale não investe em segurança e acaba provocando tragédias como a de Bromadinho? O que aconteceria com seus gestores se isso fosse num país sério?
Essa sangria provocada no erário é que leva o caos financeiro a estados produtores, como é o caso do Pará e de Minas Gerais. Tudo por conta de uma lei safada chamada Lei Kandir, apresentada por um deputado paulista de nome Antônio Kandir, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Collor. O que causa estranheza é que esta lei jamais foi questionada pelos governos que vieram depois, de Itamar Franco a Bolsonaro.
Citei apenas o caso do minério de ferro, mas tem várias outras comodities que são exportadas para o exterior, sem que os exportadores recolham nadica de nada para os estados produtores. É o caso da Soja, o que explica em parte a calamidade financeira que há anos enfrenta o Rio Grande do Sul. O Paraná e os dois Mato Grosso também perdem muito dinheiro com esta leizinha filha da puta.
Sabe quem ganha com a isenção e as sonegações de grande monta, como esta da Vale? Os acionistas privados, os chamados rentistas, que compram papéis e têm prioridade na distribuição dos lucros e dividendos. Lucros e dividendos, aliás, não taxados no Brasil, o que é outro escândalo monumental.
Sabe quem perde? Você, brasileiro profissão esperança, que vive sendo enganado e mesmo nas urnas comete desatinos terríveis, como eleger um Bolsonaro da vida, cujo ministro da fazenda, anuncia que vai vender tudo o que é do estado, inclusive o Pré-Sal (já desmontado pelo vampiro Temer).
E aí cabe a pergunta feita lá atrás pelo deputado mineiro Francelino Pereira e destacada numa música do genial Renato Russo (Legião Urbana):
QUE PAÍS É ESTE?

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Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema