10 ex-ministros de Ciência, Tecnologia e Inovação
apontam risco de retrocesso
Foram ministros dos governos Collor, Fernando
Henrique Cardoso, Lula e Dilma, que externaram, em manifesto conjunto, grande
preocupação com o futuro das universidades públicas e da pesquisa científica no
Brasil. Eles advertem contra as ameaças ao futuro da ciência em nosso país, que
no governo Bolsonaro começa a caminhar para trás.
No documento “A ciência
brasileira em estado de alerta”, os ex-titulares da pasta hoje ocupada pelo
ex-astronauta Marcos Pontes , chamam a atenção
para os “riscos de colapso da área da Ciência e Tecnologia, que gerou avanços
para o país nas últimas décadas”. O texto, divulgado esta semana, critica os cortes
orçamentários drásticos dessa área, que podem levar o Brasil a um retrocesso sem paralelo na história. Esse
retrocesso afetaria não apenas a ciência produzida nas universidades públicas mas também o
desenvolvimento econômico e social do nosso país.
Como parte dessa tragédia, os
ex-ministros citam o bloqueio de 6.198 bolsas de mestrado, doutorado e
pós-doutorado , decorrente do contingenciamento imposto pelo governo e que o
ministro Ponte, que parece viver no mundo da lua, engoliu seco, sem qualquer
reação.
Assinam o manifesto: José
Goldemberg (governo Collor), Luiz Carlos Bresser-Pereira e Ronaldo Sardenberg
(FHC), Sérgio Machado Rezende e Roberto Amaral (Lula), além de Aloízio
Mercadante, Marco Antonio Raupp, Clélio Campolina, Celso Pansera e Aldo Rebelo
(Dilma).
Vale lembrar que esta não é a
primeira vez que ex-ministros se reúnem
para criticar retrocessos do atual governo. Em maio, oito ex-titulares do
Meio Ambiente em governos anteriores,
disseram, alto e bom som, que “as políticas de Bolsonaro comprometem a imagem
e a credibilidade internacional do Brasil, cuja governança socioambiental está
sendo desmontada, em afronta à Constituição”.
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