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O que está por traz da palavra compliance?



Americanizar o português é uma prática da moda. Expressões que nos seriam familiares, foram cunhadas em inglês, não sei se por parecer chic ou se mesmo pra nos confundir. O exemplo mais presente é  compliance, que nada mais é do que compromisso, que pode ser com a transparência, com a ética, com as leis e regulamentos, mas pode ser também com a desumanização das relações de trabalho,que é o que já vinha acontecendo com a reforma trabalhista  e agora se aprofunda com a MP da Modernidade Econômica. É um compromisso com a desburocratização, diz o governo e repercute a mídia. Mas não há por parte dos comentaristas de economia,  compliance com a verdade sobre a proposta, que desburocratiza sim, mas impõem ao trabalho um ônus muito pesado, como por exemplo, o de afrouxar  a fiscalização na segurança do trabalho, num momento em que o Brasil lidera o ranking ocidental dos acidentes e das doenças ocupacionais. Some-se a isso, a perversidade da liberação geral para funcionamentodo comércio e indústrias nos domingos e feriados. Pela proposta original do ministro Paulo Guedes, o empregado teria o direito de uma  folga a cada sete domingos. Mas a "generosidade" do relator na Câmara, reduziu pra quatro. Ou seja, o trabalhador terá um domingo de folga a cada mês. Vida social? Pra que o trabalhador precisa ter vida social? A convivência domingueira com amigos e familiares, o lazer e a prática esportiva? Pra que? Trabalhador vive é pra trabalhar e  não tem essa de trabalhar pra viver, Assim reza o manual da modernidade e do compromisso.Melhor, da compliance.


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Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema