Ruchard Trumkam, presidente da AFL-CIO, maior central sindical
dos Estados Unidos (representa 56
sindicatos de base, num total de 12,5 milhões de trabalhadores);
Pepe Alvarez, secretário geral da UGT, maior central
sindical da Espanha. Os dois vieram ao Brasil esta semana para visitar Lula na
prisão.
Os dois aproveitaram o encontro para entregar ao
ex-presidente o Prêmio George Meany-Lane Kirkland de Direitos Humanos.
“Decidimos
fazer três coisas em conjunto: pressionar a ONU a tomar uma decisão sobre o
caso, também iremos ao Departamento de Justiça dos EUA para exigir explicações
sobre o conluio armado por Sergio Moro contra o Lula e, por fim, pressionar
para que haja um julgamento justo no STF e, assim, trazer a democracia de volta
ao Brasil”, relatou Trumkam ao deixar a sede da PF em Curitiba. Pepe Álvarez, também
se comprometeu a ampliar de maneira aguda a mobilização por Lula no continente
europeu: “Vamos convocar todos os nossos 150 mil filiados para que trabalhem
pela liberdade de Lula. Também pressionaremos o governo espanhol para levar aos
tribunais internacionais a luta para que Lula seja livre e se acabe esta farsa”.
Comentários
Meu sonho é ver Lula presidente em 2022.
Nós, brasileiros sadios mentalmente, estamos vivendo um pesadelo. A aberração se tornou nosso cotidiano, em pleno século XXI. Duvido que alguém tenha imaginado metade das coisas que estamos vendo. Será que toda essa maldade estava reprimida em nossa sociedade, aguardando o momento de se mostrar ? Ou a sociedade está apenas entorpecida após uma década de doutrinação ? Ou as duas coisas ? É um estudo para as próximas décadas.
Há não muito tempo atrás, eu não imaginava que dez por cento do que está acontecendo hoje fosse aceito passivamente pela sociedade. Tive muitas decepções com pessoas ao longa da vida, mas a decepção que estou tendo com a sociedade como um todo para mim era inimaginável. Eu diria que o que levou as pessoas a se tornarem tão ruins foi a frustração por viver em uma sociedade que dá valor para o ter e não para o ser. Quem pode estar feliz se, ainda que de forma inconsciente, se rende a esse tipo de valor?
1) Reduziu a inflação de 12,5% (2002) para 4,3% (2009) ao ano; a taxa média anual de inflação no governo Lula (6% ao ano) é menos da metade da que tivemos no governo FHC (12,5% ao ano);
2) Aumentou o salário mínimo para o seu maior patamar em 40 anos, com um aumento real de 74% entre 2003/2010;
3) Reduziu a relação dívida/PIB de 51,3% (2002) para 36% do PIB(2008);
4) Acumulou um superávit comercial de US$ 252 Bilhões (2003/2010);
5) Pagou toda a dívida com o FMI e com o Clube de Paris e o Brasil se tornou credor do FMI, algo inédito na história do país, para quem emprestou US$ 10 Bilhões; Hoje, a dívida externa líquida é negativa em US$ 65 bilhões;
6) Reduziu o déficit público nominal de 4% do PIB (2002) para 1,9% do PIB (2008);
7) Ampliou a capacidade de investimento do Estado; Os investimentos do governo federal e das estatais para 2009 estão previstos em R$ 90 Bilhões; Em 2010 eles estão programados para chegar a R$ 119 bilhões;
8) Aumentou as exportações de US$ 60 Bilhões/ano (2002) para US$ 198 bilhões/ano (2008) acumulando um crescimento de 230% em 6 anos; Em 2010, as exportações deverão superar os US$ 200 bilhões, o que acontecerá pela primeira vez na história do Brasil.
9) Aumentou as reservas internacionais líquidas de US$ 16 Bilhões (2002) para US$ 285 Bilhões (Novembro de 2010);
10) Ampliou o Pronaf de R$ 2,5 Bilhões/ano (2002) para R$ 16 Bilhões/ano (2010);
11) A concentração de renda e as desigualdades sociais diminuíram sensivelmente; o índice de Gini atingiu o menor patamar da História;
12) Gerou 15 milhões de empregos formais entre 2003/2010;
13) Reduziu o percentual da população brasileira que vive abaixo da linha de pobreza de 28% (2002) para 19% (2006), segundo o IPEA;
14) Elevou os gastos sociais públicos para 21% do PIB;
15) O BNDES emprestou R$ 137 Bilhões em 2009 para o setor produtivo, contra cerca de R$ 22 Bilhões em 2002;
16) Fez o Brasil se tornar credor externo, com um saldo positivo de US$ 65 Bilhões, algo inédito na História do país;
17) Criou programas sociais inclusivos, como o Bolsa-Família, ProUni, Brasil Sorridente, Farmácia Popular, Luz Para Todos, entre outros, que beneficiaram aos pobres e miseráveis e contribuíram para melhorar a distribuição de renda;
18) Iniciou novas grandes obras de infra-estrutura (rodovias, ferrovias, usinas hidrelétricas, etc) financiadas tanto com recursos públicos como privados. Exemplos: Usinas do Rio Madeira, Transnordestina, Ferrovia Norte-Sul, recuperação das rodovias federais, duplicação de milhares de quilômetros de rodovias;
19) Anulou portaria do governo FHC que proibia a construção de escolas técnicas federais e iniciou a construção de dezenas de novas unidades e que foram transformadas em Institutos Superiores de Educação Tecnológica (são 214 novas escolas técnicas federais construídas entre 2003/2010);
20) Criou o Reuni, que iniciou um novo processo de expansão das universidades públicas, aumentando consideravelmente o número de universidades, de campus e de vagas nas mesmas;
21) Os lucros do setor produtivo cresceram quase 200% no primeiro mandato em relação ao governo FHC;
22) Fez o Estado voltar a atuar como importante investidor da economia. Exemplos disso: a criação da BrOI, que têm 49% do seu capital nas mãos do Estado; a compra e incorporação de bancos estaduais pelo Banco do Brasil (da Nossa Caixa, do Piauí, Santa Catarina e Espírito Santo) evitando que fossem privatizados; a participação da Petrobras em 2 grandes petroquímicas nacionais (a Braskem, com 30% do capital nas mãos da Petrobras; a Ultra, com 40% do capital nas mãos da Petrobras); o aumento da participação dos bancos públicos (BNDES, CEF, BB, BNB) no fornecimento de crédito para a economia do país;
23) Elevou o volume de crédito na economia brasileira de cerca de 23% do PIB, em 2002, para 46% do PIB, em 2010;
24) Criação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que prevê investimentos públicos e privados de R$ 646 Bilhões entre 2007/2010; até 2013 os investimentos previstos chegam a R$ 1,14 Trilhão;
25) Reduziu a taxa de desemprego de 10,5% (Dezembro de 2002) para 6,8% (Dezembro de 2008);
26) Reduziu os gastos públicos com pagamento de juros da dívida pública para 5,9% do PIB (em 2008), representando uma queda de cerca de 36% quando comparado com o segundo mandato de FHC.