Oministro
Celso de Mello manda à Folha mensagem
que não poderia ser mais clara, apesar da rápida ressalva de que a situação “se
confirmada” revela:
“a face sombria de um presidente da República
que desconhece o valor da ordem constitucional, que ignora o sentido
fundamental da separação de Poderes, que demonstra uma visão indigna de quem
não está à altura do altíssimo cargo que exerce e cujo ato de inequívoca
hostilidade aos demais Poderes da República traduz gesto de ominoso desapreço e
de inaceitável degradação do princípio democrático!!!”
Está nas mãos dele, Celso de Mello, o
poder de cortar, em parte, as raízes que alimentam o monstro. Atestar a
evidente ilegalidade que marcou os processos conduzidos por ele é, ao mesmo
tempo, o dever de qualquer magistrado que se apegue ao cumprimento dos
princípios legais como, também, um ato político a sinalizar que está fechada a
porta do Supremo para um atrabiliário, que se não sabe guardar a lei processual
menos ainda pode ser guardião da Constituição.
Cortes supremas, por definição, são
políticas na mais alta acepção da palavra – sim, a política é arte e ciência do
convívio humano!. E é um dever político daquele tribunal bloquear todos os
caminhos de uma aventura autoritária.
. Fernando Brito (Blog Tijolaço)
Comentários
No carnaval, não vimos nenhuma escola fazendo enredo de apoio ao capitão. Aliás, bem ao contrário.
Nessas manifestações do dia 15 -- se é que elas vão ocorrer -- veremos quanto de apoio ainda sobrou para o capitão da casa 58.
O Brasil nessa crise insuportável, trágica e vergonhosa em todas as áreas, educação, saúde, agricultura, segurança pública, social, economia, enfim, estamos atolados num caos total, numa decadência escandalosa. Não interessa de quem é a culpa, não importa qual o partido de quem governou mal no passado, aliás, essa tática, essa estratégia de não resolver os graves e sérios problemas do Brasil, que deveriam merecer prioridade total do governo, e dizer que se "estamos mal, a culpa é dos governos passados", isso não funciona mais, não "cola" mais, perdeu a validade a muito tempo (na verdade nunca deu certo, esse argumento fajuto de quem é incompetente). Então, trabalho a favor do povo: Nada, nada, nada. O que a população pode ver são brigas, conflitos, ofensas, agressões, desacatos, desavenças, tumultos. Foi para isso que tivemos eleições no ano de 2018? Um aviso aos fanáticos e a todos que adoram idolatrar o que não está dando certo: Parem com isso.