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Uma verborragia que né é por acaso





Pensando bem, Paulo Guedes não tem mais razão de se  defender e defender a elite brasileira da intromissão da pobraiada na seara glamurosa dos potentados. A raiva era grande de ver pobre em saguão de aeroporto esperando avião, ver pobre em agências de automóveis quando deveriam estar em lojas de bicicletas ou no máximo de motos e mais do que isso, ver pobre sonhando em ir a Disney  (só o direito de sonhar já era uma afronta). Fico pensando se o ministro está tendo uma repulsa tardia  ao processo de inclusão social promovido pelos dois governos Lula, mas convenhamos,  desmontado a partir de Dilma, ou se ele está estrategicamente mandando um recado para que a classe C e D não se atrevam mais.
Se for mesmo um recado, e acho que é, Guedes tem apoio total e irrestrito do PIB, sobretudo do grande empresariado, dos banqueiros em especial e do seu chefe, que emergiu do baixo clero no parlamento  para o Planalto, graças a uma série de fatores que conspiraram contra a sociedade brasileira em 2018. Significa dizer que nem Guedes e muito menos Bolsonaro vão parar por aí : as estocadas continuarão, sempre alimentadas por auxiliares de menor importância, como os boquirrotos ministros da Educação, das Relações Exteriores  e do Meio Ambiente.
A Guedes cabe dar as bordoadas diretas nos trabalhadores, principalmente do setor público, que ele chama de parasitas. A Bolsonaro cabe afrontar a imprensa, detonar os ambientalistas e provocar  os governadores que não rezam na sua cartilha. Enquanto isso, as redes sociais, a mídia amiga e o setor evangélico, capitaneado por Edir Macedo e Malafaia, trabalham firme na consolidação da lavagem cerebral  e no  oxigenação do manada. Nota-se, além disso, que o presidente, que de bobo não tem nada, vai aos poucos militarizando seu governo, levando generais para o seu derredor e remetendo ministros civis para  pastas esvaziadas e cada vez mais irrelevantes na estrutura de poder.
Só os idiotas nunca perceberam a compulsão de Jair Messias pelo golpe. Ou esqueceram  do que ele disse uma vez (está no Youtube) que se dependesse dele fecharia o Congresso e mataria , de cara,  pelo menos 30 mil, começando por FHC?

Claro que não é tão fácil assim dar  o golpe pretendido, mas é bom que os defensores da democracia fiquem muito atentos.

Comentários

Lucio Roberto disse…
Guedes é a caricatura do que há de mais podre na elite brasileira e sul-americana.

O pior é que muitos pobres e remediados votaram no rinoceronte que se abriga no Planalto. Entenderam agora, queridos micro-empreendedores de IFood e Rappi, o que é votar na direita?
Carlos disse…
Acho que ele dividirá espaço com o #MoroCapangaDaMilicia. Inacreditável que tudo isso seja real
Cassio disse…
Destruir um a um os direitos dos trabalhadores, acabar com o welfare state (serviços públicos mínimos), vender todas empresas estatais e, mais um pouco a frente, exterminar com os pobres e indesejáveis. Esse é o plano neoliberal. Esqueçam declarações de ministros estúpidos. Não passa de cortina de fumaça. O verdadeiro plano é esse. Acabar com tudo. O capital acima de tudo. Banqueiros acima de todos. Viva o mercado. Danem-se os pobres, danem-se os cidadãos. Cada um a sua própria sorte.
Wilson disse…
A família Bolsonaro entrou nos quartéis pelo andar de baixo. Bolsonaro não perde uma formatura de cadetes, sargentos e cabos das três armas. Há muito tem o domínio da tropa. E a tropa tem smartphones. E também tem amigos bombeiros, PMs, guarda municipal, vigia de banco, segurança de supermercado, de boate, de.... Etc.
Todos atuam nas redes como eu e você. A diferença é que são muitos e acreditam no mito. Ponto.

E o que esse pessoal faz quando tira a farda pouco se sabe.
Sim. Bozo está formando um exército paralelo nas barbas de todos.
Não é atoa que liberaram o porte de armas e principalmente a compra de munição. O 03 do pinto pequeno toda hora fala em guerra civil.

Acompanho atentamente a questão e considero esta possibilidade uma ameaça real.

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Representação absurda

"Os conselheiros do Tribunal de Contas do Paraná julgaram improcedente a denúncia contra o ex-prefeito de Maringá, João Ivo Caleffi (PMDB), e o ex-presidente do Serviço Autárquico de Obras e Pavimentação, Valdécio de Souza Barbosa, oriunda da 2ª Vara Cível. Eles foram acusados de descontar contribuições dos servidores e não repassar de imediato à Caixa de Assistência, Aposentadoria e Pensão dos Servidores Municipais (Capsema) e o Ministério Público queria a devolução do dinheiro e multa. O TCE entendeu que não houve má-fé ou dolo na conduta da prefeitura e do Saop. Na justiça comum, o ex-prefeito também teve ganho de causa". . Do blog do Rigon PS: a representação contra o ex-prefeito e o então presidente do Saop foi feita junto ao Ministerio Publico pela diretoria da Capsema. E sabem por que? Porque em dezembro de 2004, a Prefeitura estava com o caixa vazio e o prefeito precisava pagar o funcionalismo, inclusive o 13º. Aí usou o dinheiro que deveria repassar para a Capsema