A revista Piauí fez um levantamento
sobre as mortes por Covid 19 em São Paulo, que é aterrador: "Em 37 dias,
vírus matou mais que bala e trânsito em um ano".
Mas há um dado tão preocupante quanto revoltante: apesar de todo esse
crescimento da curva e de toda a tragédia que ele encerra, hospitais
particulares falam em estabilização do número de casos. No Albert Einstein, um
hospital de referência que atende quase que exclusivamente pacientes de alto
poder aquisitivo, “ o número de internações e casos confirmados está caindo. No
dia 9 de abril, a unidade Morumbi tinha 112 casos confirmados de covid-19 e 66
pacientes em UTI. Menos de duas semanas depois, no dia 20 de abril eram 83
casos e 39 internações na UTI. Além disso, o hospital aumentou o número de
altas de pacientes de covid-19 – foram 260 no último dia 20”.
O que
esses números indicam?
Indicam que a rede hospitalar privada pode estar adotando uma politica seletiva na ocupação dos seus leitos, pelo menos nos municípios onde a fiscalização do poder municipal é frouxa. A Piauí pega o Einstein como referência para projetar este quadro para o resto do país, já que os modelos de gestão privada não são diferentes em São Paulo e no Acre, por exemplo. É aí que entra o papel do Governo Federal , que diante de tal distorção, não move uma palha para colocar ordem na casa.
Indicam que a rede hospitalar privada pode estar adotando uma politica seletiva na ocupação dos seus leitos, pelo menos nos municípios onde a fiscalização do poder municipal é frouxa. A Piauí pega o Einstein como referência para projetar este quadro para o resto do país, já que os modelos de gestão privada não são diferentes em São Paulo e no Acre, por exemplo. É aí que entra o papel do Governo Federal , que diante de tal distorção, não move uma palha para colocar ordem na casa.
O
Brasil é um transatlântico à deriva, porque enquanto todos os seus ocupantes se
vêem ameaçados de ir pro vinagre, o comandante estoura champanhe no convés com
seus comensais, ao mesmo tempo em que grita triunfante para os desesperados que
já pularam na água, mas fazem self , para eternizar a imagem do mito ao fundo:
“Aqui conosco não tem enrosco, porque é o Brasil acima de tudo e Deus acima de
todos. Taokei?”.
Comentários
Não, eles não são imbecis. Nem incompetentes.
Eles são criminosos, frios e indiferentes, cúmplices e promotores da morte e do sofrimento humano.
“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse o presidente da República sobre os mais de 5 mil de seus concidadãos já mortos e aos mais de 70 mil infectados.
Berra ser cristão, mas é Pilatos.
Os três patetas postos à frente do Ministério da Saúde, numa “entrevista” sem perguntas, burocrática, pareciam cuidar de ser, como disse – na expressão feliz de Monica Waldwogel na Globonews – chefes de almoxarifado que sequer conseguem dizer o quanto de equipamentos teriam despachado, de forma vaga e imprecisa.
Nenhum deles – e destaco especialmente o cidadão da equipe de Mandetta que retirou o colete do SUS e gostosamente aderiu aos novos chefes – foi capaz de falar uma palavra sobre a necessidade de que a população se isole e se proteja.
Qualquer babaca, não precisava ser um dirigente da saúde, poderia estar ali para dizer que as pessoas lavassem as mãos.
Ele, como o general que não se preocupa com as baixas pesadas entre seu povo e um oncologista que não confronta o tumor cerebral que acomete o país e faz sua metástase sobre milhares e milhares de corpos não devem merecer piedade ou concessões.
Vestiram o uniforme nazista em fidelidade a seu Führer e não se importam em transformar o território nacional num campo de extermínio.
Era preciso parar já as grandes e médias cidades, para tentar reduzir a apenas dezenas de milhares o que serão centenas milhares de mortes.
Não temos os recursos para tratar, como têm os Estados Unidos, para tratar o milhão de contaminados que há por lá e, ainda assim, eles já têm 60 mil mortos.
Jair Bolsonaro e seus cúmplices – este é o nome – no Ministério da Saúde devem ser vistos como o que são, nesta batalha que travamos, quase indefesos, tento apenas a toca, a trincheira de nossas casas para resistir.
São, e deverão ser quando pudermos nos levantar, tratados como os criminosos de guerra que são.
O Brasil caminha a passos largos para ser o próximo epicentro da pandemia.
Calma Bolsonaristas. É só uma gripezinha.