Wilson Witzel, todos
sabem, é um ex-bolsonarista de carteirinha, portanto, farinha do mesmo saco.
Mas a operação da PF deflagrada hoje contra ele soa estranho, menos pelos fatos
concretos e mais pelo contexto. O governador do Rio é, por questões pessoais
, claro, o mais encarniçado adversário
do presidente Jair Messias na atualidade. E aí, uma deputada, unha e carne de
Bolsonaro, vai um dia antes a uma rádio do Rio Grande do Sul e antecipa , com
detalhes, a operação que seria desencadeada no dia seguinte.
Isso prova o que? Prova
que o presidente da república tem interferência direta em uma instituição de
estado, fato que aliás, desencadeou toda a crise que terminou com a demissão de
Sérgio Moro. As suspeitas de superfaturamento de equipamentos de combate ao
coronavírus no Rio devem sim , ser consistentes, tanto que um ministro do STJ
autorizou as buscas e apreensões na residência oficial do governador. A questão
é outra. E a deputada Carla Zambelli se encarregou de colocar o mito no centro
da discussão, com as informações privilegiadas que teve e tornou públicas na
véspera.
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