Jânio de Freitas, em brilhante artigo na Folha de
São Paulo , mata a xarada sobre a falta de apetite de Rodrigo Maia pelo impeachment de Bolsonaro. Não só ele, mas setores
importantes das forças progressistas, vêem o impedimento do Bozo sem entusiasmo.
Ocorre que o vice, general Mourão, tem se apresentado na condição de eventual substituto com tons moderados. Mas
todos sabem que é um linha dura, como provou em sucessivas declarações antidemocráticas no período
eleitoral.
Diante disso, a classe política prefere conviver com
Bolsonaro, porque Bolsonaro é fraco, e
por ser pândego, é mais facilmente digerível. Impedido Bozo, Mourão assumiria e aí, não dá pra
avaliar os rumos do governo dele, já que teria apoios decisivos(e explícitos) das
três armas, para eventuais aventuras pouco republicanas.
Jânio avalia que os políticos já aprenderam a lidar
com a ignorância, o morde e assopra, a paranóica insegurança e a
vulnerabilidade de Bolsonaro, inclusive penal e estendida a três filhos. “Bolsonaro
é fraco, muito fraco, e só fica em pé por amparo de militares”, conclui o
experiente analista político da Folha.
O setor econômico também não se entusiasma com
Mourão. Afinal, ele não se alinha à política de Guedes e no caso do ambientalismo,
dá sinais contrários ao
destrambelhamento do ministro Ricardo Salles, o destruidor de florestas.
Claro que isso não é tudo, mas ajuda a explicar o
pouco apetite dos liberais(políticos e empresários) pelo impedimento do “Capitão Cloroquina”.
Comentários
Vamos refrescar a memória sobre a defesa de Mourão da agenda neoliberal para o Brasil 👇
1- Mourão fala para EMPRESÁRIOS na CDL que 13° salário e férias tem que acabar:
https://youtu.be/B5VsFe7znTk
2- General Mourão defende INTERVENÇÃO MILITAR e VENDA DA AMAZÔNIA:
https://revistaforum.com.br...