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Mostrando postagens de janeiro, 2021

Escândalo pra mais de metro

  A AstraZenica negou a venda para um grupo privado brasileiro, arquitetado por grandes empresários , com o devido conhecimento do presidente Bolsonaro e do ministro   Paulo Guedes. O laboratório só está vendendo vacinas contra a Covid para o setor público, ao preço unitário de   5 dólares. A compra pelo setor privado seria à base de 23 dólares. Segundo denuncia o jornalista Luis Nassif, a negociação estava sendo feita com o fundo Black Rock, que detêm 8% do capital da AstraZenica. E sabe quanto estaria à disposição para o butim, ou seja, para o bolso dos envolvidos na trama? Nada mais nada menos de que 594 milhões de dólares. A ponte entre o grupo privado, do qual fariam parte Paulo Skaf (presidente da Fiesp) e Fábio Spina, da Gerdau,   seria  do senador Flávio Bolsonaro, de acordo com o colunista Lauro Jardim, de O Globo. O discurso, inclusive do governo, é de que o setor privado estaria ajudando o país a vencer o coronavírus. Algumas empresas perceberam a manobra e avaliaram o est

Pagamos o preço do nosso menosprezo à ciência

  O Brasil produzia até os anos 80,   55% dos insumos de medicamentos da nossa indústria farmacêutica. Hoje, são apenas 5%.   Isso, graças à redução   gradativa (e agora acelerada) dos investimentos em ciência e tecnologia. Mais dois anos de Bolsonaro e chegaremos a 0%. Enquanto isso, China e India continuaram investindo pesado em pesquisa e produção de fármacos   o que explica a posição dos dois países com relação à produção de IFA (Ingrediente Farmacêutica Ativo) . A mídia brasileira nunca prestou a atenção nesse dado, que vem à tona agora por causa da vacina contra o coronavírus.

Bolsonaro e o Centrão Shopping Center

  Bolsonaro torra R$ 3 bi em emendas parlamentares para garantir a eleição de Arthur Lira à Câmara Federal. Os beneficiários são deputados do centrão que não querem apenas a grana para azeitar suas bases eleitorais. Querem cargos, muitos cargos. Querem pelo menos dois ministérios ,de porteira fechada. Um é o da Saúde, onde Pazuelo passa por processo de fritura e o centrão quer emplacar Ricardo Barros, que já foi ministro do vampiro brasileiro Michel Temer. E como entender a obsessão de Bolsonaro por Lira ? É que todo e qualquer projeto de interesse do Planalto passa primeiro pela Câmara Federal. Se for bloqueado ali, não vai pra frente. E caberia a Lira engavetar todo e qualquer pedido de impeachment que pousasse sobre sua mesa. Rodrigo Maia, que os bolsonaristas tanto odeiam, sentou em cima de pelo menos 61 pedidos. Lira não só sentaria, como incineraria o que aparecesse. Baleia Rossi não é nenhuma Brastemp e nem um nome em quem a oposição possa confiar. Mas é o que se tem para o m

A bela cesta básica do Planalto

  Todo mundo sabe que o presidente Bolsonaro é doido por um leite condensado, que ele come com pão todo dia no café da manhã. Até aí nada demais. O trem é bom mesmo. Mas segundo o portal Metrópoles, o Palácio do Planalto gastou R$ 15,6 milhões em Leite Condensado no ano de 2020. De supermercado o governo gastou ano passado R$ 1,8 bilhão. O site detalha: além do leite condensado foram gastos R$ 16,5 milhões em batata frita embalada; R$ 13,4 milhões em barras de cereais; R$ 12,4 milhões em ervilha em conserva; R$ 21,4 milhões em iogurte natural e R$ 2.203,681 em goma de mascar.

Os bons ventos que vêm do Norte

  Joe Biden começou levando esperança aos Estados Unidos e ao mundo. Aos EUA porque sinalizou que quer a paz e que é presidente não de quem votou nele, mas do país, de todos os americanos. Ao mundo, porque já no primeiro dia discursou contra o racismo, contra a homofobia, a favor da justiça na distribuição de vacinas , que não deve se concentrar nos países ricos. Além disso, anunciou a suspensão da construção do muro que Trump estava construindo na fronteira com o México e elogiou o papel da OMS no combate à pandemia; disse que os Estados Unidos voltará ao Acordo de Paris.   Enfim, uma brisa fresca, de alívio, sopra a partir da Casa Branca, coberta por nuvens negras desde que Trump chegou ao poder há 4 anos. Por mais que Trump tenha deixado discípulos , inclusive aqui no Brasil, a esperança de que a democracia prevalecerá nos enche de esperança e de certeza de que a onda Bolsonaro vai passar logo.  

Um "muito obrigado" pra lá de esquisito

  O secretário de Estado dos EUA,  Mike Pompeo, agradeceu Jair Bolsonaro pela contribuição que ele deu na tentativa de destruir o BRICS, sonho acalentado por Donald Trump durante os seus quatro anos na Casa Branca. Não conseguiu, mas o vassalo fez um estrago no bloco de países emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e Africa do Sul), que se uniram a partir de 2006 com grande poder de influência na geopolítica global. Afinal, o BRICS representa, juntos, 42% da população do planeta, 23% do PIB mundial, 30% do território e 18% do comércio global. Isso, claro, incomoda os Estados Unidos e sobretudo, os republicanos, que sentem o impacto principalmente do crescimento da China, que caminha célere para se tornar a maior força econômica do mundo. E caminha , teoricamente pelo menos, de mãos dadas com os demais componentes do bloco. E olha só o que Bolsonaro fez: conseguiu abrir uma fenda no BRICS (a mando do seu suserano) e agora, no contexto de uma crise sanitária sem precedentes no mund

A gestação de um golpe por meio de dois projetos esquisitos

  Os dois projetos de lei que restringem o poder dos governadores sobre as polícias Civil e Militar são componentes de uma bomba relógio que assusta. Sorrateiramente, o presidente Jair Bolsonaro espera eleger Artur Lira à presidência da Câmara para dar andamento ao processo de migração para suas mãos, dos braços armados dos Estados. Não porque ele esteja preocupado com a segurança pública, mas porque pretende ter sob seu controle, dois poderosos instrumentos de pressão e intimidação da sociedade e das instituições. O fato foi denunciado em reportagem do Estadão e repercutiu negativamente no Congresso Nacional, no STF e até nas Forças Armadas. Há uma mobilização nacional contra essa bomba. Mas especialistas em cobertura dos bastidores do poder advertem que a sociedade precisa estar atenta e se mobilizar contra a obsessão golpista do “capitão Cloroquina”. Setores policiais até que estão gostando da brincadeira, porque   Bolsonaro tem acenado permanentemente com vantagens para as corp

Alexandre Gracinha passou vergonha

  “Não concordo com uma palavra do que dizes, mas defenderei até o último instante o teu direito de dizê-la.” - Voltaire, atualíssimo, disse Alexandre   Garcia em um debate sobre democracia na   CNN. Na sequência, o advogado Augusto   Botelho   corrigiu: “Voltaire nunca disse isso, Alexandre”.  Claro, o bolsonarista ficou com cara de criança cagada. Teria evitado se antes de citar a frase tivesse ido ao Google, que lhe informaria: A autora da frase é Evelyn Beatrice Hall, biógrafa, inclusive  do filósofo.

Ele tem sim , culpa no cartório. E não é pouco

  Não faltaram advertências da comunidade científica para o perigo das aglomerações de fim de ano em praias e festinhas privadas, inclusive entre famílias. Em geral, o brasileiro pouco se lixou para as recomendações dos especialistas. Para piorar o nível de desobediência civil, o presidente da república continuou com suas pregações criminosas contra o distanciamento social e as práticas preventivas divulgadas dia sim, dia também, pela Organização Mundial de Saúde. Portanto, era previsível que a conta viria salgada em janeiro, no Brasil e no mundo. No Brasil ainda pior, porque aqui não tem governo , o que tem no Palácio do Planalto são as ações deletérias de um negacionista psicopata.   Agora que o caos se estabeleceu, tal qual previsto, Jair Bolsonaro e seu ministro da saúde, continuam de braços cruzados, se lixando para a dor da população e só tomando providências (de forma tímida) diante das pressões que surgem de todos os lados. Mesmo assim, seguem com a insanidade da pregação de

Governadores do Brasil, uni-vos!

  O tic tac de uma bomba relógio que alguns governadores tentam desarmar. No projeto que mandou para o Congresso, Bolsonaro quer não só o comando da PM como também da Polícia Civil. Assim, nem precisaria das Forças Armadas para tentar dar um golpe de estado em 2022, como anda insinuando. Isso é extremamente grave. Se o Congresso Nacional aprovar tamanha aberração, aí será o caos, podemos nos preparar para o pior.  

O adeus ao Dr. Alencar Furtado

  O ex-deputado federal Alencar Furtado, que faleceu hoje aos 95 anos, foi um dos mais brilhantes oradores do Congresso Nacional na década de 70. Foi cassado por Geisel com base no AI-5, depois de, junto com Ulysses Guimarães, Franco Montoro e Alceu Colares, ocupar o espaço do MDB no horário eleitoral gratuito em rede nacional de rádio e televisão. A fala dele nesse programa foi contundente, de crítica mordaz à ditadura, o que lhe valeu a cassação. Marcou para a história a expressão que melhor definiu a situação dos filhos de presos políticos desaparecidos: "São filhos do quem sabe, órfãos do talvez". Alencar fez sua carreira brilhante de advogado e político em Paranavaí, onde seu filho Heitor é nome de uma das principais avenidas. Heitor foi brutal e covardemente assassinado por um agente da Polícia Civil, quando dormia no carro em um posto de combustíveis, entre Jandaia e Mandaguari, após um dia extenuante de campanha para deputado. Que Deus o tenha em bom lugar, grande Al

Ao pisar na bola com o Brics, Brasil fica mal na foto

  O Brasil não só faz parte como é um dos fundadores do Brics e portanto, sócio do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). O problema é que o governo Bolsonaro não pagou a penúltima parcela para o aporte de capital da instituição financeira internacional, no valor de US$ 292 milhões (R$ 1,54 bi). A inadimplência pode acarretar problemas para o Banco do Brics, como o rebaixamento de sua nota de crédito pelas agências internacionais. Se isso acontecer, o Brasil fica mais sujo do que pai de galinheiro perante   o mundo financeiro. Especialistas em economa global acham que a inadimplência nãop se justifica, apesar da crise gerada pela Pandemia, porque as consequências futuras para nosso país nesse campo serão imprevisíveis. Bolsonaro sequer incluiu o pagamento no |Orçamento de 2021, o que denota um misto de irresponsabilidade e incompetência.  

O seguinte é esse, meu amigo

  Reservatórios de grandes capitais, como São Paulo e Curitiba, experimentam seus níveis mais baixos desde a crise hídrica de 2013. A causa, segundo um geólogo entrevistado pelo UOL, é a baixa umidade, provocada pelo crescente  desmatamento da Amazônia. Então, meu amigo, quando você ver a água sumir da sua torneira, lembre-se que a questão ambiental, que o governo Bolsonaro desdenha, causa transtornos como este, que muito têm enfrentado curitibanos e paulistanos

A "lava-jato" semeou o ódio que levou o Brasil a cair nas mãos de Bolsonaro

  Luiz Flávio Borges D'Urso, uma referência da advocacia criminalista no Brasil disse, em entrevista ao site Consultor Jurídico que a “lava jato” propiciou este momento de ódio que ocorre hoje no nosso país. Qualquer um que fosse citado pela operação comandada por Sérgio Moro tornava-se um leproso, independente de ter ou não culpa no cartório. Até os advogados que defendem os alvos da operação também passaram a ser vistos como leprosos. Tenho comigo que a “lava-jato” teve sim sua importância no combate a corrupção, mas o sucesso subiu tanto à cabeça do juiz moro e procuradores que com ele compunham a “república de Curitiba”, que a operação também passou a cometer crimes gravíssimos. A começar pelo fato de ver capa nos processos que investigava e depois julgava. Em nome da moralidade pública, Moro cometeu tanto absurdo, que num país sério já teria pago o preço da sua parcialidade. No frigir dos ovos, os resultados trágicos da “caça às bruxas”, foi a satanização da esquerda e o e

Temer e Bolsonaro acabaram com avanços que a Carta de 1988 proporcionou ao país

  ´’ O Brasil vive o seu maior desafio como nação. Nos últimos anos, houve uma hecatombe institucional, cujos maiores responsáveis foram os grupos de mídia e o Supremo Tribunal Federal. Em uma disputa selvagem por poder,  foram jogadas fora todas as conquistas da Constituição de 1988, desmontou-se o modelo político, destruíram-se as maiores fontes geradoras de emprego, desmontaram-se as políticas sociais, educacionais, científico-tecnológicas, e matou-se provisoriamente o futuro, uma destruição iniciada no interinato de Michel Temer e consumada no governo Jair Bolsonaro. Os historiadores, cientistas políticos, talvez consigam explicar, no futuro, o que levou uma nação ao suicídio". . Luis Nassif

Crônica da tragédia anunciada

    Entramos em 2021 com a fome bafejando a nuca de 65 milhões de brasileiros ----- E assim , caminhamos para a realidade detectada por Josué de Castro: “Metade da população brasileira não dorme porque tem fome; a outra metade não dorme porque tem medo de quem está com fome”. No início Bolsonaro queria dar R$ 200,00. Mas o Congresso Nacional reagiu e impôs ao governo os R$ 600,00, para o contingente de 65 milhões de brasileiros que perderam renda em virtude da pandemia. Mas o presidente levou a crise sanitária na flauta e o resultado é que o país só aprofundou a crise de agosto para cá. Mesmo chegando a cerca de 200 mil mortos e mais de 7 milhões de infectados pelo coronavírus, Bolsonaro não parou de fazer troça da pandemia, de incentivar a desobediência aos protocolos da Organização Mundial de Saúde, inclusive desestimulando a vacinação, o isolamento social e o uso de máscara, como se viu na sua última live do ano. O auxilio emergencial e o suporte para que empresas não