Os dois projetos de lei que restringem o poder dos
governadores sobre as polícias Civil e Militar são componentes de uma bomba
relógio que assusta. Sorrateiramente, o presidente Jair Bolsonaro espera eleger
Artur Lira à presidência da Câmara para dar andamento ao processo de migração
para suas mãos, dos braços armados dos Estados. Não porque ele esteja
preocupado com a segurança pública, mas porque pretende ter sob seu controle,
dois poderosos instrumentos de pressão e intimidação da sociedade e das
instituições.
O fato foi denunciado em reportagem do Estadão e repercutiu negativamente
no Congresso Nacional, no STF e até nas Forças Armadas. Há uma mobilização
nacional contra essa bomba. Mas especialistas em cobertura dos bastidores do
poder advertem que a sociedade precisa estar atenta e se mobilizar contra a
obsessão golpista do “capitão Cloroquina”.
Setores policiais até que estão gostando da brincadeira, porque
Bolsonaro tem acenado permanentemente
com vantagens para as corporações. Não é possível que os governadores, que
estão ameaçados de perder o comando da segurança em seus estados, não vão se
mexer também. A coisa é muito mais perigosa do que se possa imaginar.
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