Luiz Flávio Borges D'Urso,
uma referência da advocacia criminalista no Brasil disse, em entrevista ao site
Consultor Jurídico que a “lava jato” propiciou este momento de ódio que ocorre
hoje no nosso país. Qualquer um que fosse citado pela operação comandada por
Sérgio Moro tornava-se um leproso, independente de ter ou não culpa no
cartório. Até os advogados que defendem os alvos da operação também passaram a
ser vistos como leprosos.
Tenho comigo que a “lava-jato”
teve sim sua importância no combate a corrupção, mas o sucesso subiu tanto à
cabeça do juiz moro e procuradores que com ele compunham a “república de
Curitiba”, que a operação também passou a cometer crimes gravíssimos. A começar
pelo fato de ver capa nos processos que investigava e depois julgava. Em nome
da moralidade pública, Moro cometeu tanto absurdo, que num país sério já teria
pago o preço da sua parcialidade.
No frigir dos ovos, os
resultados trágicos da “caça às bruxas”, foi a satanização da esquerda e o
endeusamento de ultradireita, que acabou chegando ao poder através de
Bolsonaro. O Brasil levará muitos anos para recuperar os estragos que Bolsonaro
fez e continua fazendo nas agendas sociais do estado brasileiro. E Sérgio Moro,
que teve influência direta na vitória do “mito” em 2018, uma vez desmascarado,
tratou logo de se mandar para os Estados Unidos.
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