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A autocrítica de um petista ilustre

O governador gaúcho Tarso Genro, um dos melhores quadros do PT, disse em entrevista à Folha de São Paulo que seu partido   precisa esgotar a “agenda de solidariedade” aos condenados no mensalão. “Já falamos o suficiente sobre isso”, concluí. A verdade é que o PT tem se transformado em verdadeiro “escritório de explicações” (expressão do próprio Genro). E claro, vive tentando justificar   o baton na cueca. O governador do Rio Grande do Sul tenta colocar as coisas no seu devido lugar, chamando o PT a uma espécie de reflexão sem dor: “Nossa agenda não pode ser ficar a vida inteira explicando a ação penal 470 [o mensalão]. E nem uma agenda que seja predominantemente de solidariedade aos companheiros condenados. Eles têm de ter a solidariedade devida em função de um julgamento sem provas, mas é uma agenda que o partido tem de esgotar. Quando falo que nossa agenda não pode ser composta por um escritório de explicações quero dizer que já falamos o suficiente sobre isso. A ação penal,

É tempo de interrogações

Milton, Rolando Lero e a esgrima das palavras

O colega Milton Ravagnani, temos que reconhecer, é um verdadeiro esgrimista da palavra. Lendo sua coluna de hoje em O Diário , me convenci: o prefeito eleito de Maringá,   Roberto Pupin, não poderia ter escolhido Secretário de Comunicação melhor do que ele. Acertou na mosca, pois. Milton tem habilidade para tentar justificar o que parece injustificável, neste caso específico, o número excessivo de CCs a ser nomeado pelo futuro chefe: “O que acontece é que a cidade cresceu e os serviços oferecidos, também. E, dentro dessa estrutura, parece compreensível que a administração mantenha nos postos avançados de atendimento ao cidadão alguém de confiança para implementar as políticas públicas negociadas com a sociedade durante a campanha eleitoral. Sem o controle da máquina, como imaginar que o prefeito vai cumprir os compromissos firmados com a população durante a campanha?" Até certo ponto os argumentos são consistentes. Digo até certo ponto porque na seqüência Milton dá algu

Por meio de uma manobra contábil ridícula,os Barros continuam no palanque

A rejeição das contas de 2004 (administração do PT) é quase uma obsessão para um certo cacique político local, que   já em 2008 botava pressão sobre os vereadores da base, para que aprovassem o parecer do Tribunal de Contas do Estado. O TC não rejeitou as contas do ex-prefeito João Ivo mas as encaminhou à Câmara Municipal com recomendações para que o fizesse. 2008, afinal era ano eleitoral, e João Ivo,   candidato a prefeito, o mesmo acontecendo com Ênio Verri, Secretário Municipal de Fazenda no período em que Zé Claudio (+) exerceu o cargo de prefeito. Com o falecimento do titular, o vice João Ivo assumiu e Verri   passou a ocupar a Secretaria de Governo. Estranho que quatro anos depois das investidas de Ricardo Barros pela rejeição das contas de 2004, o assunto volta à tona. Tentaram botar pilha durante o processo eleitoral mas como não deu, continuam insistindo . Por que, se a eleição acabou? Ora pois, não acabou ainda se considerarmos que a vitória do   prefeito eleito R

Ode à democracia

É Natal

                                                                             . Elza Correia Sem nenhuma pretensão de ser desmancha prazer de ninguém compartilho teimosas reflexões. Normalmente, nesta época do ano, fico banza, cabisbaixa, quase triste! Tentar saber a razão deste sentimento, já desisti faz tempo! Tenho cá comigo que isto deva ter sido gestado ainda em minha infância, quando passamos vários Natais na maior penúria! No fundo, no fundo, esse consumismo exacerbado, a comilança beirando a gula, o corre-corre frenético atrás dos presentes, me dá gastura… E a árvore? Verdinha coberta de neve de mentirinha. O Papai Noel, sem querer generalizar, muitas vezes é trabalhador desempregado fazendo um “bico” para comprar seus próprios presentinhos, ardendo em chamas em suas vestes (que já foram verdes, agora vermelhas por intromissão da Coca Cola), barba falsa de algodão desfiado ao lado de trenó puxado por renas siberianas, distribuindo balinhas o dia todo, sentado em

Será que o mundo se acaba hoje? Fala aí, cumpadreBoldrin

Cidade verde ou capitania azul?

Dois ministros e mais o superintendente do DNIT estarão amanhã em Maringá para inaugurar o rebaixamento da linha férrea no Novo Centro. São os ministros Paulo Passos, dos Transportes, Paulo Bernardo e o superintendente do DNIT no Paraná, José da Silva Tiago. Os três vão entregar, em manhã de grande pompa, uma obra que começou em 2004 e que deveria ter sido concluída em janeiro de 2008 ao custo (contratado) de RS 43,8 milhões , mas que chega ao seu final absorvendo mais de R$ 120 milhões e sob forte suspeita de superfaturamento, investigada pela Controladoria Geral da União. O detalhe interessante é o seguinte: a obra foi iniciada pela administração do PT, acusada pelo prefeito e vice Silvio Magalhães Barros II/Carlos Roberto Pupim de quebrar a prefeitura, de deixar o município sem certidão, o diabo a quatro. E hoje o ministro Paulo Bernardo, padrinho político de Ênio Verri e certamente o próprio Ênio, estarão aos abraços e rasgação de seda com os donatários da “capitani

Mais que merecido

Foi um grande jogo, uma aula de marcação dos dois lados. O Corinthians jogou muito, não só marcou, saiu pro jogo e mostrou competência no ataque. Como santista, que admite ter secado o timão, reconheço que nunca um título foi tão merecido quanto este. O Tite deu uma aula tática no Rafa Benites, que não marcou tão bem quanto é da tradição do time inglês e nos contra-ataques esbarrou no paredão Cássio. Aliás, os corintianos podem atribuir grande parte do título ao goleiro, que evitou pelo menos três gols certos do Chelsea. Depois disso só resta aos santistas, palmeirenses e sãopaulinos dizerem, com toda a modéstia do mundo: parabéns nação corintiana.

Um grande descalabro

Difícil acreditar que o projeto tão festejado por Lula no início do seu primeiro mandato tenha dado nisso. A transposição seria um caminho, um passo adiante na solução do problema da seca no Nordeste. Se perdeu no caminho, não se sabe se da incompetência ou da corrupção. Um escárnio.

Não foi de todo ruim...

A Conferência Pública realizada hoje no Plenário da Câmara Municipal com o objetivo de promover alterações no Plano Diretor de Maringá terminou mais cedo do que se previa. Era para ter ido das 8 às 5 da tarde, mas acabou pouco depois das 3. De manhã o tempo chegou a esquentar, tudo porque a Administração Municipal, useira e vezeira na prática da manipulação , tentava limitar o credenciamento de representantes da sociedade civil , lotando o plenário com CCs e aliados de propostas pouco republicanas para a ocupação do solo urbano. Mas no frigir dos ovos, o pessoal que se opunha à falta de democracia dos debates achou que ficou de bom tamanho, principalmente porque a coordenação do evento não conseguiu legitimar, via respaldo popular, alguns projetos de interesse do gestor, como a transposição do campus da UEM e a destinação dos recursos da outorga onerosa para endereços que não fosse o Fundo Municipal da Habitação. A tentativa de impor uma área residencial no espaço do Parque Indust

Pagodão de primeira

É preciso luz sobre o projeto de Niemeyer que Maringá abortou

Ao ler a coluna do Milton Ravagnani hoje no O Diário (impresso) , lamentei a ausência do ex-prefeito Said Ferreira, que já não faz mais parte do mundo dos vivos. Pelo seguinte: Milton, certamente com base em informações de Ricardo Barros, coloca no ex-prefeito falecido a responsabilidade pela não execução do Projeto Ágora, concebido pelo grande arquiteto Oscar Niemeyer. Ao próprio jornal, Ferreira teria dito em uma entrevista que o Agora foi inviabilizado pela dificuldade de continuação das avenidas Herval e Duque de  Caxias, mas para Ricardo (e claro para o Milton) o problema foi de carência de recursos financeiros. O ponto que quero questionar é o da agora manifesta opinião de Ricardo Barros de que ele tentou  tirar o projeto original o Novo Centro da gaveta. Said não está aí para desmentir isso, mas certamento o faria, lembrando que as lambanças dos terrenos daquela área teria sido feita no período 1989/1992. Quando voltou à prefeitura em 1993, Said se deparou com o imbróglio dos

Um Oscar da longevidade pra ele

Faltavam 10 dias para ele completar 105 anos. No Hospital, vivia dizendo que precisava voltar pra casa para terminar alguns projetos. Oscar Niemeyer é a prova mais irrefutável de que o trabalho é o principal combustível da longevidade.

O Gralha Azul , de Paranavaí,ainda está firme, cantando e encantando

Niemeyer e a nossa "favela hi tech"

A morte de Niemeyr nos remete ao projeto original do Novo Centro de Maringá, denominado pelo próprio arquiteto de Projeto Ágora (praça em grego). O Novo Centro de Maringá era para ser diferente, salvo engano, três torres gigantes e arredondadas, cercadas por um extenso jardim, a ser feito por Burlemarx. Contratado pelo prefeito Said Ferreira, Oscar Niemeyer pretendeu criar um grande espaço verde, belo e aconchegante, bem dentro daquilo que pensou para a cidade o seu projetista-mor Jorge de Macedo Vieira. Mas terminada a prirmeira gestão Said, veio a administração Ricardo Barros, que fez uma verdadeira lambança com os terrenos do Novo Centro. Foi a partir dalí que a especulação imobiliária se apoderou do que seria aquela área até então ocupada pelo Pátio de Manobras da Rede Ferroviária Federal. Justiça se faça: o pátio, que era um entrave para que a cidade se desenvolvesse para o Norte, começou a ser retirada na gestão Silvio Barros I, o pai. Ele fez a Estação de Transbordo na

Que a ira de Oxossi caia sobre os exterminadores de árvores centenárias!